Interrompidas pelas chuvas de verão no final do ano passado, as buscas do Grupo de Trabalho Tocantins (GTT) pelos restos mortais dos desaparecidos na região do Araguaia durante a guerrilha (1972-1974) devem trazer resultados nas próximas expedições, que se iniciam em maio.
Dissera-me, certa vez, a castigada mulher de pés e mãos endurecidas pelo trabalho sol a sol com a mesma enxada de vários anos que, Osvaldão, havia, há muito, se transformado em lobo. E, mata adentro, uivando, buscava seus companheiros insurretos, esgueirando-se da onda de fogo dos fuzis inimigos.
Por Paulo Fonteles Filho.
Rose Nogueira foi jornalista com Vladimir Herzog e quando presa e torturada esteve lado a lado com a atual presidente Dilma Rousseff. Neste depoimento comovente ela conta que foi presa apenas 30 dias depois de ter seu primeiro bebê. “Se tem uma coisa que os torturadores tinham razão era dizer que marca de tortura não passa: não passa, não passa", afirma Rose ao final capítulo três da novela do SBT Amor e Revolução.
Em audiência solicitada pela Associação dos Camponeses Torturados durante a Guerrilha do Araguaia ocorrida no dia (26) na sede da OAB, que contou também com a presença de representantes da direção nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), foi debatida a situação dos camponeses, vítimas da repressão da ditadura no período dos combates no sul do Pará. Pela OAB participaram da audiência Ophir Cavalcante e Wadih Damous e o ex-presidente nacional da OAB Cezar Britto.
Em seu blog, O Outro Lado da Notícia, o jornalista Osvaldo Bertolino publica dois textos nesta sexta-feira (29) dando por encerrada a polêmica com o jornalista Lucas Figueiredo, que publicou matéria desonrosa na revista CartaCapital sobre o diário que Maurício Grabois escreveu durante a Guerrilha do Araguaia, da qual foi comandante. Veja, abaixo, a íntegra dos dois textos:
Por coincidência, acabo de ler o que seria o diário de Maurício Garbois, no exato momento em que a revista CartaCapital chega às bancas com este tema como matéria de capa. O texto, intitulado "Devaneio na selva" e assinado por Lucas Figueiredo, comenta “O diário do Araguaia”, tema anunciado como “exclusivo”. O assunto, no entanto, não é novo. Quando escrevi a biografia de Maurício Grabois, publicada em 2004 pela editora Anita Garibaldi, deparei com informações que davam conta desse diário.
“Nem tudo é tudo quando abril desce. Nem tudo é tudo quando abril floresce. Nem tudo é susto quando abril se tece”.
Compartilhar informações e discutir os caminhos para o cumprimento da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que condenou o Brasil a investigar as operações do Exército para erradicar a Guerrilha do Araguaia. Estes são os principais objetivos do encontro – A sentença do caso Guerrilha do Araguaia na Corte Interamericana: perspectivas para o seu cumprimento, que acontece na próxima terça-feira (19/4), no auditório da Biblioteca Pública dos Barris, em Salvador, a partir das 18h30.
Em 12 de abril de 1972 começou um dos episódios mais violentos envolvendo a ditadura militar iniciada no Brasil em 1964. Foi nesta data, que o Exército chegou à região de Xambioá, no norte de Goiás, hoje Tocantins para sufocar a resistência armada a ditadura organizada pelo PCdoB.
Passados 39 anos da eclosão da Guerrilha, uma homenagem aos resistentes, democratas e patriotas, em especial ao meu pai, Glênio Sá, que corajosamente viveram a energia utópica de seu tempo e que compõem o seleto rol dos agentes ativos da construção do sistema de liberdades vigente.
Por Jana Sá, jornalista
A “verdade” pode ter muitas faces, servir a muitos interesses, mas os fatos históricos falam por si. Só precisamos relatá-los com honestidade. E assim, o tempo se encarregará de fazer justiça àqueles que deram suas vidas para alterar o rumo de nosso país. Ao governo brasileiro resta dar respostas às famílias dos guerrilheiros sobre como se deram as condições de suas mortes e onde se encontram seus corpos.
por Romualdo Pessoa Campos Filho* em seu blog Carpe Diem – Gramática do Mundo
Acontece nessa terça-feira (12) no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB Pará, a partir das 18 horas uma mesa redonda que debaterá a Guerrilha do Araguaia