O chefe da missão da Organização de Estados Americanos (OEA) em Honduras, o chileno John Biehl, afirmou nesta segunda-feira que um acordo final sobre a crise política no país está próximo e deve ser concluído nesta semana. "A vontade de restituir a ordem institucional em Honduras é clara", afirmou Biehl à Rádio Cooperativa de Santiago. "Existe uma conjuntura difícil, mas acho que se vai chegar a um acordo provavelmente nesta semana", enfatizou.
A direção Municipal do PCdoB de Fortaleza realiza nesta quarta-feira, 28 de outubro, mais uma edição das "Quartas Vermelhas". O encontro que acontece a partir das 19h, na sede do Municipal, vai debater O Golpe Militar em Honduras e terá como expositor o Deputado Estadual Lula Morais.
A rejeição de vastos setores da sociedade hondurenha à realização das eleições sob o governo golpista continua hoje expandindo-se e os candidatos antigolpistas anunciaram sua retirada do processo. Os opositores à ação militar de 28 de junho passado decidiram ontem desconhecer as eleições se não for restabelecido a ordem constitucional e o presidente eleito pelo povo, Manuel Zelaya.
A agressividade dos Estados Unidos frente aos governos dos países membros da Alba (Aliança Bolivariana dos povos de Nossa América) cresce na medida em que reage ante a perda de sua influência sobre a América Latina e o Caribe em geral, atribuída, particularmente a Hugo Chávez (e a Cuba; porém, isso não é novidade).
Por Eric Toussaint*, em Adital
A equipe do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, anunciou, após a meia-noite (4h desta sexta-feira, 23, de Brasília), que dá por encerrado o diálogo com os negociadores da ditadura, após a recusa do intransigente governo golpista de restituir o líder constitucional. Deta maneira, processo de 16 dias de negociações chega ao fim sem ter alcançado sucesso. Para os Zelaystas, não há vontade política dos golpistas para resolverem a crise.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) exigiu, nesta quarta-feira (21), o fim do assédio que o regime de fato em Honduras impõe à embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde está abrigado o presidente deposto, Manuel Zelaya. Durante a reunião, o representante do Brasil na OEA, Ruy Casaes, denunciou a "tortura" contra Zelaya e os demais ocupantes da embaixada, por meio de fortes ruídos e luzes, que impedem o sono.
Os Estados Unidos revogaram os vistos de mais hondurenhos para tentar pressionar o governo de fato a acabar com a crise política que atinge o país da América Central há três meses, informou uma autoridade norte-americana nesta quarta-feira.
A legítima ministra das Relações Exteriores de Honduras, Patricia Rodas, afirmou nesta quarta-feira (21) que não se oporia à ideia de postular as próximas eleições presidenciais, mas apenas se "os setores da sociedade" decidirem que "assim deve ser". Em entrevista à Telesur, Patrícia manifestou preocupação com a demora para que ocorra a restituição do presidente Manuel Zelaya – sem a qul as eleições não devem ser reconhecidas.
Há um mês de seu retorno ao país, o presidente deposto de Honduras Manuel Zelaya se reuniu nesta terça (20) com um negociador do regime golpista em uma tentativa de retomar o diálogo e superar a crise política. O encontro com Arturo Corrales aconteceu na véspera de o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, entregar um relatório sobre Honduras ao Conselho Permanente do organismo em Washington.
O Parlamento do Mercosul aprovou no início da noite desta segunda-feira (19), moção que faz um apelo para que sejam concluídas com rapidez as negociações de restituição da democracia em Honduras, conduzidas pela Organização dos Estados Americanos (OEA). A moção, uma iniciativa do senador Aloizio Mercadante (SP), vice-presidente do Parlasul, condena o golpe de estado contra o presidente de fato Manuel Zelaya que está abrigado na embaixada brasileira naquele país.
As conversas entre negociadores do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, e do governo golpista, liderado por Roberto Micheletti, entraram em um impasse nesta segunda (19) à noite. Um representante de Zelaya, Víctor Meza, denunciou que o diálogo está em uma "fase evidente de obstrução", manobra do governo de fato para ganhar tempo no poder até as eleições convocadas para novembro. Segundo ele, as negociações não continuarão até que seja apresentada uma proposta "séria e construtiva".
Um dia após representantes do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos chegarem a Honduras, o governo de facto de Roberto Micheletti publicou, nesta segunda-feira (19), a revogação oficial do estado de sítio. A medida de exceção havia sido imposta no dia 22, logo depois de o presidente deposto Manuel Zelaya retornar clandestinamente ao país.