O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que votou contra o impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff, é mais um que engrossa o coro em defesa da proposta de realização de um plebiscito para convocação de novas eleições diretas presidenciais, defendida pelo PCdoB. O senador acredita que somente a realização de novas eleições poderia reunificar o país.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), informou na noite desta quarta-feira (10) que a presidenta Dilma Rousseff deverá apresentar uma carta sua aos brasileiros na qual esclarece o processo de impeachment e trata do plebiscito, acrescentando que essa mensagem deve ser apresentada até a próxima terça-feira (16).
O PT protocolou, na noite desta terça-feira (9), na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), uma representação, com pedido de liminar, para que o processo de impeachment seja suspenso no Brasil e a presidenta Dilma Rousseff retome ao cargo de Presidente da República, para o qual foi eleita com 54 milhões de votos nas eleições de 2014.
Sobraram duas alternativas: a heroica devolução do poder ao povo para renovar a República – e assim repactuar democraticamente as bases do desenvolvimento; ou o caos espiralado em direção a um novo ponto de coagulação repressivo da história nacional.
Por Saul Leblon*, na Carta Maior
A realização de um plebiscito para convocação de novas eleições diretas presidenciais, defendida pelo PCdoB, como “o único caminho para reunificar o país e recolocá-lo no rumo do desenvolvimento passa necessariamente pela consulta ao povo, pela soberania do voto popular e jamais pela violência de um golpe de Estado”, repercute entre os senadores que votam no processo de impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff.
"Não houve surpresa. Quem acompanhou na madrugada desta quarta-feira (10) a votação do Senado na qual foi admitida a denúncia contra a presidenta Dilma percebeu que estão levando a julgamento uma pessoa que não cometeu nenhum crime, fato comprovado pela perícia técnica e Ministério Público Federal. Estão rasgando a Constituição para legitimar um interino usurpador, rejeitado pela maioria do povo brasileiro que engrossa o coro de “Fora Temer”.
Movidos pelo inconformismo da quarta derrota sucessiva na disputa para a Presidência da República, PSDB/DEM e seus partidos satélites criaram no país — com apoio de uma mídia sem compromisso democrático — a ideia de que o impedimento da presidenta Dilma Rousseff seria a panaceia para a instabilidade política no País.
Por José Guimarães *
O plenário do Senado, na sessão desta terça (9), que vota a pronúncia do impeachment, viveu um momento emblemático com a declaração do voto e discurso proferidos por João Capiberibe (PSB-AP). O parlamentar é do PSB, partido que defende a admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff. Mas ele manteve o voto contrário ao processo.
O PSDB, que perdeu as eleições para Presidência da República nas eleições de 2014, não pode julgar com a isenção necessária a qualquer processo, o impedimento de Dilma Rousseff, que venceu o pleito com 54 milhões de votos. O partido é parte interessada no afastamento da presidenta eleita. Essa opinião, já expressa diversas vezes ao longo do processo, foi reafirmada pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) na sessão desta terça-feira (9), no Senado.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) afirmou que o Congresso se transformou num "colégio eleitoral de exceção" e diz que o presidente ilegítimo, Michel Temer, precisa responder por denúncias de que teria recebido dinheiro de Caixa 2 das empreiteiras no Palácio do Jaburu. Caso seja efetivado no cargo, Temer não poderá ser processado por fatos estranhos à administração dele.
Os deputados federais do PCdoB, Daniel Almeida (BA) e Jandira Feghali (RJ), pronunciaram sobre o julgamento da pronúncia no processo de impeachment da presidenta Dilma que acontece nesta terça-feira (9) no Plenário do Senado.
“O esforço para remover a presidente Dilma Rousseff não é um julgamento legal, mas um julgamento político”. A avaliação do senador estadunidense Bernie Sanders, do Partido Democratas, foi incluída, a pedido da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), nos Anais da sessão do Senado desta terça-feira (9) que analisa o pedido de impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff.