O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), rebateu as declarações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e disse que, quanto mais ele “tentar interferir” no andamento do processo de impeachment no Senado, “só vai atrapalhar".
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), rebateu as declarações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e disse que, quanto mais ele “tentar interferir” no andamento do processo de impeachment no Senado, “só vai atrapalhar".
Já se disse que acontecimentos de grande relevância na história das sociedades humanas tendem a se repetir, com a diferença de que primeiro ocorrem como tragédia, depois como farsa. São notáveis as semelhanças entre o golpe militar de abril de 1964 e o golpe branco que está em curso no Brasil em abril deste ano sob a máscara do impeachment. A começar por alguns de seus protagonistas.
Por Umberto Martins, especial para o Portal Vermelho
Antônio Augusto de Queiroz, analista político e diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), foi responsável pela pesquisa de 2014 que revelou o Congresso brasileiro mais conservador desde a redemocratização, com aumento significativo da presença de militares, religiosos e ruralistas nas bancadas.
As referências à religião e a Deus nos discursos de parte dos deputados que decidiram, no domingo (17), pela abertura de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff incomodaram religiosos. Em defesa da separação entre a fé e a representação política, líderes de várias entidades criticaram as citações e disseram que os posicionamentos violam o Estado laico.
Parlamentares, servidores públicos e militantes da sociedade civil lançaram, nesta terça-feira (19), o Comitê Pró-Democracia no Senado. O grupo tem o objetivo de fortalecer a mobilização contra o “golpe travestido de impeachment”, como explicou a senadora Fátima Bezerra (PT-RN). Para isso, atos públicos e a divulgação de informações sobre a tramitação do processo no Senado são ações que o comitê irá promover.
Em pronunciamento realizado na última terça-feira (19/04), o vereador Evaldo Lima (PCdoB), condenou o resultado da votação do impeachment. “O atentado contra a democracia atingiu não apenas os mais de 54 milhões que votaram em Dilma Rousseff em 2014. Atingiu também aqueles que, tendo feito outras opções eleitorais, não aceitam o golpe disfarçado de legalidade e o rompimento da ordem constitucional”. Leia a seguir na íntegra:
O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que vai convidar o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, a participar do rito do processo de impeachment de Dilma Rousseff antes do momento previsto na Constituição Federal, inclusive para conduzir as sessões de votação sobre o tema.
Neste momento de ânimos e posições extremados e em que a razoabilidade parece ter sido relegada à segunda importância, exatamente num espaço de debates e decisões onde deveria imperar uma lógica inversa, é necessário que façamos uma reflexão sobre as consequências do golpe em curso, em nome do Brasil, de suas instituições e de seu regime democrático.
Por Professora Marcivânia*
A autorização dada, por maioria dos votos, pela Câmara dos Deputados, durante votação ocorrida no último domingo (17), pela admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, confirmou a tentativa de golpe contra a democracia e também aos direitos dos trabalhadores.
Por João Alves de Almeida*
Na miríade das canalhices do último domingo, 17 de abril, entre traidores prosaicos, reconhecidos corruptos tipo Maluf, direitistas radicais passando por ex-esquerdistas convertidos ao Capital e os discursos burlescos de evocação da família e de deus, o que calou fundo mesmo na consciência democrática dos brasileiros foi à lembrança, infame, de um dos maiores torturadores da ditadura militar, Brilhante Ustra.
Por Paulo Fonteles Filho*
No show de horrores da aprovação do impeachment de Dilma na Câmara Federal, no domingo (17), o cinismo dos moralistas sem moral ficou patente.
Por Altamiro Borges*, em seu blog