Nas últimas semanas, em meio ao saudável e necessário debate de ideias sobre os rumos do Brasil decorrente do processo eleitoral, observamos com grande preocupação a defesa de medidas que se levadas adiante contestarão o caminho da industrialização como base da prosperidade e do desenvolvimento nacional.
Por Carlin Moura* e Ronaldo Carmona**
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, comentou os resultados do levantamento de emprego na indústria feitos pelo IBGE, nesta terça-feira (10), que apontam redução de 0,7% no emprego em julho, na comparação com junho.
A série da Rede TVT aborda o setor desde as siderúrgicas até às fábricas de eletroeletrônicos, passando por montadoras de automóveis, caminhões, ônibus, motocicletas, bicicletas, indústria naval, indústria de bens de capital, sem deixar de lado temas importantes ligados ao desenvolvimento, como políticas públicas, sustentabilidade, mobilidade urbana, qualidade de emprego, capacitação de mão de obra, investimento em tecnologia e meio ambiente.
A atividade industrial se recuperou em julho registrando aumento de 2,6% em comparação ao mês anterior, segundo informou nesta quinta-feira (4) a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, colunista da Rádio Brasil Atual, fala sobre a indústria brasileira que volta a crescer superando a crise internacional que afeta o setor pelo mundo.
Por Ramon de Castro, para a Rádio Vermelho
Em 2012, havia no Brasil cerca de 329 mil empresas industriais com uma ou mais pessoas ocupadas, que empregaram 8,8 milhões de pessoas, uma média de 27 pessoas por empresa. O número de empresas foi 5,0% maior que em 2011, quando eram 312.454. Já o pessoal ocupado aumentou 1,7% em um ano (eram 8,6 milhões em 2011).
“Eu gostaria que o Brasil estivesse crescendo em um ritmo mais acelerado. Mas imagina o que teria acontecido se não tivéssemos tomado essas medidas. Eu acho que protegemos as condições de ter um futuro na nossa indústria”, disse a presidenta Dilma Rousseff diante de 120 empresários ligados à indústria, defendendo as ações como o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e incentivos tributários para compra de veículos.
A primeira linha de produção de robôs industriais da China entrará em operação na cidade de Shenyang, no nordeste da China neste mês.
A inauguração da fábrica de medicamentos Novamed no Polo Industrial de Manaus (PIM) deve estimular a vinda de novas empresas do segmento para a Capital do Amazonas, avalia a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), farmacêutica de formação, que esteve no evento ao lado de autoridades locais, nacionais e do ministro da Saúde, Arthur Chioro.
O Brasil está entre os cinco maiores mercados de jogos eletrônicos no mundo. Isso traz um desafio e tanto para o país, que é transformar-se também em grande produtor nessa poderosa indústria criativa, que já supera a de música e filmes em todo o mundo. O governo Dilma tem visto este movimento como oportunidade e passou a dar especial atenção ao setor.
De uma indústria em vias de extinção a um setor que deverá empregar cerca de 100 mil pessoas até 2017 e faturar 17 bilhões de dólares anualmente até 2020, segundo dados das entidades da área. Este é o retrato da década de renascimento da indústria naval brasileira, que saltou de 14 embarcações encomendadas em 2002 para 108 em 2012. O desafio agora, em vez de sobreviver, é alcançar a competitividade no mercado global.
Durante sabatina com candidatos, Diálogo da Indústria, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (30), a candidata à reeleição Dilma Rousseff lembrou que o Brasil é feito não só de indústrias, mas de povo. Ela ressaltou que a reforma política só é possível “se tivermos a participação popular nessa reforma, daí porque temos que ter um plebiscito”.