De acordo com o Ipea – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada -, a inflação das famílias de menor renda, em junho, foi mais que o triplo da registrada em maio, chegando a 1,5%. Já entre os grupos mais ricos, a variação nos preços ficou em 1,03%.
O governo federal deverá pagar em juros da dívida, este ano, 20 vezes mais que aquilo que gastará com investimentos. Quem faz a comparação é o professor de economia da PUC-SP, Antonio Corrêa de Lacerda. Em entrevista ao Record News, ele ressaltou que, apesar de a Selic estar na sua mínima histórica, a taxa de juros real (descontada a inflação), ainda é uma das mais altas do mundo.
Por Joana Rozowykwiat
Dados divulgados nesta quarta (11) pelo IBGE apontam queda na renda dos brasileiros e aumento da desigualdade em 2017. Para o sociólogo e diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, os números são reflexo da grave recessão, enfrentada por Michel Temer com medidas que prejudicam o trabalhador. E o horizonte não é nada animador. A inflação oficial de março, que atingiu o nível mais baixo para o mês em 24 anos, sinaliza que a economia continua debilitada.
Por Joana Rozowykwiat
A inflação das famílias de menor renda, entre 1 e 2,5 salários mínimos, avançou em março em relação a fevereiro, mas ainda assim ficou abaixo da taxa das famílias de maior renda.
IPCA variou 0,32% em fevereiro. Em 12 meses, soma 2,84%.
A queda nos preços dos alimentos puxou o índice para baixo, mas os aumentos do gás, dos combustíveis e dos planos de saúde pesam para o consumidor.
Na Antártida não há inflação, nem IPCA, porque lá só tem pinguim. Os pinguins não compram nem vendem nada. Por isso naquelas plagas os preços não sobem nem descem. Dito isto, o Brasil de Michel Temer é uma Antártida. O desemprego aumentou, o consumo caiu, e, a exemplo do continente de gelo, não tem escalada inflacionária.
Por Esmael Moraes*
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, encaminhou na tarde desta quarta-feira (10), ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, uma carta aberta justificando o erro de calibragem da política monetária, após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2017 em 2,95% – abaixo do piso da meta fixada pelo governo, de 3%. Michel Temer comemorou a queda nos preços, mas o que pode parecer positivo, na verdade, sinaliza falta de vitalidade da economia.
IPCA de 2,95% foi o menor desde 1998. Mas alguns produtos importantes no dia a dia subiram bem mais. O gás de botijão, por exemplo, aumentou 16%. Preços de alimentos caíram, com destaque para frutas.
Os aumentos sucessivos nos preços do gás de cozinha têm feito muita gente buscar alternativas perigosas para substituir o botijão de gás. Em Recife, segundo entrevista do médico Marcos Barreto, chefe do setor de queimados do Hospital da Restauração, à imprensa local, cerca de 40 pacientes que chegaram com queimaduras de primeiro ou segundo grau usaram gás clandestino, álcool ou etanol. Essas ocorrências já registram 62% do total de queimados.
No período entre julho de 2006 e setembro de 2017, a inflação foi mais pesada para a população de renda mais baixa. Dados analisados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e publicados na nota técnica sobre Inflação por Faixa de Renda indicam que, no período, enquanto a inflação ficou em 102% para quem tem renda mais baixa, registrou 86% para os de renda mais alta.
Série do IPCA ajustada de forma a eliminar o efeito da variação de preços que teriam sido contidos para manter a inflação artificialmente baixa no governo da ex-presidente mostra que, ainda assim, a taxa fica sob controle.
Por Emilio Chernavsky*