A intolerância extrema vitimou um jovem estudante de matemática da Universidade Federal de Goiás (UFG) de apenas 20 anos, Guilherme Silva Neto. O assassino, o seu próprio pai, o engenheiro civil Alexandre José da Silva Neto, de 60 anos que após cometer o crime, suicidou com um tiro na boca e morreu logo depois no hospital. A tragédia ocorreu nesta terça-feira (15), em Goiânia-GO.
Vive de aparências e acha isso chique. E se tudo isso te parece apenas medíocre e inofensivo, não se engane: há garras e dentes. Pois é nela que é feita a engorda do ódio. É ela que legitima atrocidades
Por Maria Bitarello*, Outras Palavras
Um ato de solidadariedade está sendo encarado por alguns estudantes da Universidade Federal do ABC paulista (UFABC) como mau uso de recursos. Durante os protestos contra o impeachment de Dilma Rousseff, Deborah Fabri, de 19 anos, estudante da instituição, foi atingida por estilhaços de uma bomba e perdeu a visão do olho esquerdo.
Vivemos em um país que exige uma reflexão sobre a questão que Guimarães Rosa apontou certa vez: "Se todo animal inspira ternura, o que houve, então, com os homens?"
Por Valter Palmieri Júnior*, no portal Brasil Debate
O historiador e professor da Unicamp, Leandro Karnal, comentou por meio das redes sociais o clime de ódio e intolerância no país e a violência policial contra as manifestações pelo Fora Temer realizada nos últimos dias. Segundo ele, o Brasil deverá percorrer um longo caminha para "aprender a ser crítico sem destruir, aprender a ser policial sem cegar, aprender a discordar sem apoiar violência e, acima de tudo, aprender a dialogar".
Um grupo de cerca de 15 pessoas tentou invadir o gabinete do vereador Jamil Murad (PCdoB), na Câmara Municipal de São Paulo, nesta terça-feira (23). Aos gritos de "fora, Murad", "fora, comunistas", "fora, Lula e Dilma" e em defesa do impeachment, o grupo chegou a tentar agredir fisicamente o vereador e precisou ser contido pela segurança da Casa.
Em artigo publicado nesta sexta-feira (12), na Folha de S. Paulo, a atriz Letícia Sabatella reafirma o seu rechaço ao golpe em curso no Brasil e relatou os momentos que viveu ao ser cercada e agredida por um grupo que participava de ato pelo impeachment.
Em entrevista à revista CartaCapital, a atriz Letícia Sabatella comentou o episódio em que foi agredida por um grupo de pessoas que defendem o golpe. Ela foi chamada de “puta”, “sem-vergonha” e outros nomes apenas por se posicionar contra o golpe. “Não temos que corroborar com esse tipo de cultura da violência, do apartheid, do estupro. Eu sinto pelo que aconteceu por todos os envolvidos”, disse.
Por meio das redes sociais, a presidenta eleita Dilma Rousseff se solidarizou com a atriz Letícia Sabatella, que foi agredida com xingamentos e cercada por um grupo que defende o golpe durante ato no último domingo (31), em Curitiba, no Paraná. Letícia foi chamada de "puta", "sem-vergonha" e outros nomes por conta de sua posição política, contra o golpe.
Após ser hostilizada por manifestantes pró-impeachment neste domingo (31), em Curitiba-PR, a atriz e cantora Letícia Sabatella contou à jornalistas sobre o episódio. Ela prestou queixa no 1º distrito da Polícia Civil do Paraná. Após o ataque, ela havia declarado que não foi na manifestação provocar ninguém e que estava passando para almoçar quando foi cercada por agressores.
A atriz e cantora Letícia Sabatella foi agredida neste domingo (31) durante a manifestação pró-impeachment em Curitiba (PR). Após o episódio, ela publicou um vídeo no Instagram que mostra o momento em que vários policiais militares cercam a atriz para que manifestantes não a agridam.
A Universidade de Brasília (UNB) repudiou nesta segunda-feira (20) o protesto organizado por um grupo de 15 pessoas que proferiu ofensas contra estudantes no campus da instituição. Enrolados em bandeiras do Brasil, os manifestantes usavam expressões homofóbicas e se diziam contra a política de cotas e a favor do deputado Jair Bolsanaro (PP-RJ) e do juiz Sérgio Moro. O episódio ocorrreu na noite de sexta-feira (17).