A bola é o símbolo obrigatório da ascensão do Brasil como superpotência. Sua brilhante tradição desportiva obriga a avaliar em termos futebolísticos seus crescentes sucessos econômicos e diplomáticos.
*Por Luís Bassets
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, qualificou nesta sexta-feira (21/5) como importante o acordo obtido nesta semana entre Brasil, Turquia e Irã para que ao Irã envie seu urânio para enriquecimento no exterior. "Esperamos que esta e outras iniciativas permitam uma solução negociada", acrescentou.
O presidente do Líbano, Michel Sleiman, que ocupa a presidência rotativa do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) até o final do mês, telefonou nesta sexta-feira (21) para parabenizar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo acordo com o Irã.
O governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, informou que vai enviar até domingo (23) as explicações sobre o acordo a respeito da troca de urânio para a Agência Internacional de Energia Atômica (Aeia).
John Limbert, que foi refém em Teerã, agora é responsável por assuntos iranianos no Departamento de Estado. Ele deu uma boa descrição das caricaturas que afligem as não-relações entre os EUA e o Irã.
Por Roger Cohen, no Herald Tribune
Após o anúncio do acordo construído entre Brasil, Irã e Turquia para evitar que a nação persa sofra novas sanções ou que tenha que renunciar ao seu direito de desenvolver a tecnologia nuclear para fins pacíficos, já se nota em certos segmentos políticos e midiáticos brasileiros uma tentativa de desmerecer a importância da iniciativa do presidente Lula que conseguiu apoio também da Rússia e da China
O governo Venezuelano, por meio de seu presidente Hugo Chávez, expressou nesta sexta-feira (20), seu apoio irrestrito ao acordo alcançado no Irã sobre o uso da energia nuclear com fins pacíficos, o qualificando como uma vitória das nações do Sul sobre a agenda de agressão e de violência impelida pelo império estadunidense".
Os poderosos precisam enviar permanentemente sinais de força; seus arsenais carecem de testes práticos e seus complexos tecnológico-industriais, de encomendas. Assim, a invasão do Irã estava traçada: diabolização de suas lideranças, imposição de apertos econômicos, fomento à oposição política interna, convencimento da opinião mundial de que a bomba atômica estaria sendo preparada e que o mundo ficaria mais feliz com Ahmadinejad enforcado.
Manuel Domingos Neto*
O presidente da República em exercício, José Alencar, disse nesta quarta-feira em São Paulo que o nome do Brasil cresceu com o acordo firmado com o Irã. "O Brasil fez muito bem. O nome do nosso País cresceu mais uma vez, mostrou que é um país a favor da paz, que tem tradição de paz. Nossa independência foi feita com paz, nossa proclamação da Reública foi com paz", afirmou o vice-presidente.
Os ministros Celso Amorim e Ahmet Davutoglu, das Relações Exteriores do Brasil e dos Negócios Estrangeiros da República da Turquia, respectivamente, encaminharam nesta quarta (19), ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, carta contendo o teor do acordo firmado entre Brasil, Turquia e Irã sobre a utilização de energia nuclear por este últimos país para fins pacíficos. O documento foi divulgado pelo Itamaraty.
Depois do baile que levou no fim de semana da dupla Luis Inácio – Celso Amorim, a Secretária de Estado Hillary Clinton está cuspindo fogo pelos olhos, nariz, ouvidos e garganta.
Por Flávio Aguiar*
A bem-sucedida mediação brasileira no equacionamento de uma solução para os atritos do Irã com a comunidade internacional pela questão da energia nuclear pode ter desdobramentos importantes na área do petróleo, segundo especialistas ouvidos pelo Jornal do Brasil.