A República Islâmica do Irã, afirmou o ministro de Relações Exteriores, Mohamed Javad Zarif, nesta segunda-feira (17), “está disposta a levar com boa vontade as conversações nucleares a um caminho que dê resultados.” Wendy Sherman, uma das principais negociadoras representando os Estados Unidos, confirmou que o Irã está cumprindo o acordo alcançado em novembro do ano passado, sobre as medidas de “construção de confiança”. Uma nova rodada de diálogos inicia-se nesta terça-feira (18).
A equipe diplomática do Irã para as negociações sobre o seu programa nuclear viajou a Viena, na Áustria, na manhã desta segunda-feira (17), para a retomada das conversações com o Grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China, membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a Alemanha), na terça-feira (18). Apesar do empenho do governo persa no processo, o líder religioso aiatolá Said Ali Khamenei demonstrou pouco otimismo devido ao posicionamento histórico do Ocidente.
Imediatamente após a eclosão da Revolução Islâmica no Irã – um poderoso movimento de massas liderado pelo aiatolá Khomeini – o imperialismo congelou todas as reservas iranianas no sistema bancário internacional, estimadas em 100 bilhões de dólares.
Por Beto Almeida*
O Irã celebra nesta terça-feira (11), com desfiles e discursos oficiais, o 35º aniversário da Revolução Islâmica que depôs o último xá de Pérsia, Mohammed Reza Palevi, em 1979, e estabeleceu a República Islâmica. Milhões de pessoas acompanharam a marcha que percorreu as ruas de todas as cidades e povoados do país para comemorar o triunfo da revolução.
O diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o diplomata japonês Yukiya Amano, anunciou que, após dois dias de conversações, o governo do Irã aceitou adotar as medidas sugeridas pela entidade em relação à utilização do seu programa nuclear.
Na noite deste domingo (9), Said Jalili, ex-secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã e atual membro do Conselho de Discernimento (que media conflitos entre o parlamento e o Conselho dos Guardiões e serve de conselheiro do Líder Supremo), disse que o país continua protegendo seus direitos relativos ao programa nuclear de fins civis e mantém o compromisso com a não proliferação das armas nucleares. Jalili falou sobre a política externa do país e sobre a pressão ocidental.
Delegações de cientistas iranianos e da Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA) iniciaram neste sábado (8) uma rodada de conversas centrada na cooperação bilateral, disseram fontes oficiais.
O ministro iraniano do Interior, Abdolreza Rahmani Fazli, disse que o país persa demostrou uma vez mais ao Ocidente que está disposto a dialogar, mas que a outra parte, que se manteve em uma posição débil, tinha como único objetivo controlar a Revolução islâmica do Irã.
O ministro iraniano do Exterior, Mohamad Yavad Zarif, confia em que o povo persa dê uma resposta contundente às recentes declarações das autoridades estadunidenses na marcha pelo aniversário da Revolução Islâmica, em 11 de fevereiro.
O embaixador da União Europeia em Israel, Lars Faaborg-Andersen alertou para o crescente isolamento do país devido à falta de avanço diplomático, enquanto o secretário de Estado dos EUA, John Kerry é alvo de críticas do governo israelense pelo mesmo alerta. Já o chanceler do Irã, Mohammad Javad Zarif disse, na segunda-feira (3), durante entrevista à emissora alemã Phoenix, que o seu país poderia reconhecer Israel caso um acordo com a Autoridade Palestina fosse alcançado.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammed Javad Zarif assegurou, nesta segunda-feira (3), que Teerã poderá chegar a um acordo definitivo sobre o seu programa nuclear dentro dos próximos seis meses. O processo definido em novembro pela diplomacia iraniana, em negociações com os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a Alemanha (países que conformam o Grupo 5+1), tem sido avaliado positivamente pelas organizações internacionais.
O Irã está cumprindo seus compromissos no marco do acordo de Genebra e cooperando com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), afirmou no domingo (2) o diretor geral desta organização mundial, Yukiya Amano.