O comissário geral da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA), Pierre Krahenbuhl, afirmou na segunda-feira (18) que o bloqueio imposto por Israel na Faixa de Gaza, mantido desde 2007, precisa acabar.
O regime israelense não permitiu a entrada na Faixa de Gaza de funcionários da Anistia Internacional e do Observatório dos Direitos Humanos (HRW na sigla em Inglês). Os membros destas entidades pretendiam abrir uma investigação independente sobre a recente ofensiva militar israelense contra os palestinos.
Nesta segunda-feira (18), encerra-se a trégua entre palestinos e israelenses. As negociações seguem no Egito para a prorrogação do fim das hostilidades. O diálogo tenta conciliar um cessar-fogo permanente para acabar com a atual crise na Faixa de Gaza após os ataques iniciados por Israel em 8 de julho.
Milhares de israelenses se manifestaram neste sábado à noite (16), em Tel Aviv, para pedir ao governo que retome as negociações de paz com a Autoridade Palestina, de Mahmud Abbas, após o massacre israelense contra os palestinos na Faixa de Gaza.
A Palestina espera encerrar os diálogos com o fim do bloqueio israelense à Faixa de Gaza. Suspender o bloqueio à Faixa e reduzir as restrições de movimento das 1,8 milhões de pessoas que vivem aí são requisitos prévios para uma tranquilidade permanente na região, opinou o líder do Hamas, Ismail Haniyeh.
As variações em cenários políticos domésticos – ou o congelamento de movimentos oposicionistas – são vastamente analisadas em contexto de guerras ou ofensivas militares. Alguma esquizofrenia é frequentemente notada no esforço de “unidade nacional” diante do “esforço de guerra”, que envolve a mídia de forma tão eficiente na reprodução do discurso oficial sobre a ofensiva. É mais uma vez o caso em Israel.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
A organização humanitária internacional Oxfam reiterou nesta quinta-feira (14) a necessidade de acabar com a ofensiva israelense contra os moradores da Faixa de Gaza como um passo fundamental para alcançar a paz e a reconstrução duradoura da região.
Um novo cessar-fogo na Faixa de Gaza terá duração de cinco dias a partir desta quinta-feira (14), afirmam autoridades egípcias, responsáveis pela intermediação das negociações de paz entre israelenses e palestinos. O novo período surge, em detrimento dos três dias que haviam sido inicialmente anunciados.
Nesta quarta-feira (13), em Caracas, capital da Venezuela, aconteceu na Praça Bolívar um ato de solidariedade com o povo palestino que nos últimos 37 dias vem sendo massacrado pelos ataques promovidos pelo governo de Israel na Faixa de Gaza, deixando um rastro de mais de duas mil mortes e 10 mil feridos, sendo a maioria mulheres, idosos e crianças.
O secretário-geral do Movimento de Resistência Islâmica no Líbano (Hezbolá), Seyed Hasan Nasrolá, advertiu nesta quarta-feira (13) que "não existem linhas vermelhas" na próxima guerra com o regime israelense.
Os países do GCC (Conselho de Cooperação do Golfo) condenaram os crimes de guerra e o terrorismo praticado por Israel contra o território palestino da Faixa de Gaza. Durante uma reunião na noite desta quarta-feira (13), na cidade portuária de Jidá, os representantes dos países que compõem o grupo exigiram o fim da agressão, o levantamento imediato do bloqueio promovido na região e a restauração da vida natural de seus moradores.
Israel decidiu que não vai colaborar com as investigações do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre as denúncias de crimes de guerra cometidos durante mais de um mês de ofensiva contra a Faixa de Gaza. Na segunda-feira (11), a ONU nomeou como chefe da missão o canadense William Schabas, que foi logo sabatinado pela televisão israelense com perguntas sobre a “moral dupla” da organização para, claro, contestar a decisão de investigar Israel.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho