Agora virou moda entre políticos e economistas do PSDB afirmarem que qualquer mecanismo complexo de política econômica, que não seja autoevidente, representa uma “pedalada”. A ânsia de acusar o governo Dilma de “falta de transparência” chega à beira da irresponsabilidade ao atacar o Banco Central (BC) e as operações compromissadas com títulos da dívida pública.
Pedro Paulo Zahluth Bastos*, em Carta Maior
Intelectuais, economistas, líderes sindicais, jornalistas e ativistas sociais lançaram uma petição pública contra o projeto de Resolução (PRS 84/2007) que tramita no Senado. De acordo com o grupo, emenda a esse projeto, de responsabilidade do tucano José Serra, representaria um “golpe fiscal na democracia brasileira”. A emenda engessa a gestão fiscal, monetária e cambial do país por vários anos, definindo “limites draconianos” para a dívida pública.
Neste sábado (3), a sociedade civil organizada, em conjunto com movimentos sociais, se reuniu nas principais capitais do país para defender o fortalecimento da estatal e que a riqueza produzida por ela se concentre nas mãos do povo brasileiro. O ato rechaça atitudes, como exemplo, a do senador tucano José Serra, que lançou um projeto de lei que retira a obrigatoriedade da Petrobras participar do modelo de exploração dos campos de petróleo do pré-sal.
Enquanto a grande mídia e outros setores da direita tentam blindar os tucanos, dois executivos da construtora mineira Andrade Gutierrez, uma das integrantes do cartel de empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato, apontam o envolvimento direto das principais lideranças do PSDB.
Liderada pelos tucanos José Serra (SP), Aécio Neves (MG) e Aloysio Nunes (SP), a bancada do PSDB no Senado votou em peso contra o fim do financiamento de empresas privadas a campanhas eleitorais nesta quarta-feira (3). A proposta constava em uma emenda apresentada ao projeto de lei da reforma política e acabou sendo aprovada por 36 votos a 31. O texto agora segue de volta para a Câmara.
A decisão sobre quando será votado o PLS 131/2015, que retira da Petrobras a participação mínima de 30% na exploração do petróleo e gás da camada do pré-sal, está agora nas mãos do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
A instalação da Comissão Especial do Senado que vai analisar o projeto que desobriga a Petrobras de financiar pelo menos 30% dos investimentos do pré-sal, está marcada para marcada quarta-feira (5). Nesta terça (4), pela segunda vez, não foi possível reunir o quórum necessário, já que dos 31 senadores já indicados para compor a comissão apenas três compareceram à reunião. O autor do PLS 131/2015, senador José Serra (PSDB-SP), estava entre os ausentes.
Com uma pauta de projetos de entrega do patrimônio nacional, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), não gostou de ser chamado de entreguista durante ato dos petroleiros no aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, nesta terça-feira (4). Representantes da categoria protestavam, no local, contra o projeto do também senador tucano José Serra, que tira exclusividade da Petrobras na exploração do petróleo do pré-sal.
Em entrevista à Rede Brasil Atual, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) voltou a criticar o projeto do também senador José Serra (PSDB-SP) que tenta mudar o modelo de partilha do pré-sal.
Cabe registrar a disposição do nobre senador José Serra de, finalmente, oferecer à opinião pública as razões que o fizeram apresentar o PL 131, que retira a obrigatoriedade de a Petrobras ser a operadora única dos campos do pré-sal. O debate de ideias em termos elevados é intrínseco à democracia.
Por Pedro Celestino Pereira*, na Agência PT
A superintendência da Polícia Federal do Paraná terá que explicar por que cobriu com tarjas pretas o nome do senador José Serra (PSDB-SP) no relatório do "Código Odebrecht", sobre as mensagens interceptadas no celular do empresário Marcelo Odebrecht, que foi vazado para a imprensa.
Poucas vezes a política mostrou-se tão adequada à definição do sábio Magalhães Pinto, que a comparava às nuvens do céu: agora estão de um jeito, daqui a pouco de outro. Há dois tempos em jogo: o atual e o das eleições de 2018. Para 2018 habilitam-se os que têm votos; para 2015, os que têm poder. É a partir dessa dicotomia que se torna mais fácil entender os últimos lances políticos.
Por Luis Nassif, em seu blog