O mercado de juros vai buscar nas declarações que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, dará nesta terça-feira (11) à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado pistas sobre os próximos passos da política monetária, em um ambiente apontado por especialistas como sujeito à manutenção da taxa Selic por longo período.
O mercado começa a segunda-feira à espera de novas intervenções do Banco Central no câmbio. Isso porque a autoridade monetária contactou os bancos "dealer" para realizar pesquisa de demanda por contratos de swap cambial tradicional (que têm o efeito de uma venda de dólar futuro) e contratos de linha de dólares (no qual o BC vende moeda com compromisso de recompra no futuro) no fim do pregão da sexta-feira.
Os preços médios em dólar na importação de bens intermediários e de consumo não duráveis caíram. De agosto a outubro, os intermediários importados ficaram 3,8% mais baratos em relação ao mesmo período de 2011. A queda no caso dos bens de consumo não duráveis foi de 3,4% na mesma comparação.
Após se destacarem como principal pressão sobre a inflação nos últimos meses, os alimentos prometem desempenhar papel inverso em novembro, com elevação bem menos intensa do que o avanço médio de 1,1% observado entre julho e outubro. Por causa disso, a perspectiva para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é de desaceleração.
A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta semana, trouxe mudanças sutis, porém importantes, na avaliação do ambiente internacional e seu efeito sobre a economia brasileira. Pela primeira vez desde agosto de 2011, o colegiado não usou o termo "desinflacionário" para se referir ao cenário externo.
Os juros mais baixos no Brasil, mais próximos aos do mercado internacional, contribuiu para a alta do dólar e as mudanças na cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o capital estrangeiro, disse nesta quarta-feira (5) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. De acordo com ele, as taxas menores tornou o país menos atrativo a capitais especulativos que valorizam o real.
A possibilidade de o Banco Central voltar a cortar os juros em 2013 entrou no radar do mercado e começa a ser incorporada às projeções dos economistas. Ainda não há revisão generalizada de cenários, mas é consenso que a possibilidade de mais queda da Selic cresceu após os dados recentes da economia.
O superávit primário, esforço para o pagamento de juros da dívida do setor público consolidado – governos federal, estaduais e municipais e empresas estatais – chegou a R$ 12,398 bilhões em outubro, segundo dados do Banco Central (BC) divulgados hoje (30). No mesmo período de 2011, o resultado foi R$ 13,936 bilhões, e em setembro deste ano R$ 1,591 bilhão.
A taxa de juros continuou em trajetória de redução, de acordo com dados divulgados nesta quinta (29) pelo Banco Central (BC). Os juros cobrados das famílias cairam 0,4 ponto percentual para 35,4% ao ano, de setembro para outubro. Essa é a menor taxa registrada pelo BC na série histórica, iniciada em 1994.
O Comitê de Política Monetária (Copom) inicia nesta terça-feira (27) a última reunião do ano do colegiado de diretores do Banco Central (BC) para avaliar o desempenho dos principais indicadores macroeconômicos nos últimos 45 dias, no Brasil e no exterior. A avaliação pode determinar uma correção de rumo na taxa básica de juros (Selic).
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve manter a taxa básica de juros, a Selic, no atual patamar de 7,25% ao ano, na reunião marcada para amanhã e quarta-feira (28). Essa é a expectativa de analistas do mercado financeiro, há seis semanas.
Balanço divulgado, nesta segunda-feira (19), mostra que os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) reduziram a projeção para o crescimento da economia, este ano.