O MENA (Middle East/North África [Oriente Médio/Norte da África]) está em chamas. A fúria difusa – embora manifestada por pequena minoria – é visivelmente antiamericana. Os protestos no Cairo já chegaram a Sanaa no Iêmen e até a Bangladesh. O governo do presidente Barack Obama dos EUA está perplexo, sem acreditar no que vê. A vingança virá. O que está, de fato, acontecendo?
Por Pepe Escobar, Asia Times Online
O Pentágono ordenou o envio de dois navios de guerra e aviões sem pilotos (drones) à Líbia, um dia após o ataque contra o consulado dos Estados Unidos em Bengasi, onde forma mortos quatro diplomatas estadunidenses.
Cerca de 50 fuzileiros navais norte-americanos embarcaram nesta quarta-feira (12) rumo à Líbia, sob o pretexto de reforçar a segurança nas instalações diplomáticas dos Estados Unidos no país africano, após o ataque no qual morreu o embaixador Chris Stevens e três funcionários no consulado da cidade de Benghazi, informou a rede CNN.
O Parlamento da Líbia escolhe nesta quarta (12) o primeiro-ministro do governo provisório do país. Há oito candidatos na disputa. Nos últimos dois dias, os candidatos apresentaram seus programas eleitorais ao governo. Um deles foi primeiro-ministro durante o governo do então presidente Muammar Khadhafi, morto em outubro do ano passado por forças comandadas pela Otan.
O embaixador dos Estados Unidos na Líbia, John Christopher Stevens, morreu durante um ataque ao consulado norte-americano na cidade de Benghazi, na noite desta quarta (11). A informação foi confirmada hoje (12) por autoridades do governo líbio. O consulado foi invadido por homens armados, que ainda não foram identificados. Eles atiraram bombas antes de atear fogo na representação diplomática.
Grávidas que sofrem aborto espontâneo devido a maus tratos, subsaarianos detidos sem água nem comida, celas superlotadas por vítimas de uma justiça arbitrária, somalianos repatriados à força.
A Líbia dá sinais de estar-se convertendo na próxima Somália, com grande parte do país já controlado por milícias armadas de clãs ou tribos. Como se viu acontecer na Somália, a Líbia está no processo de dividir-se, criando-se a leste a Cirenaica, rica em petróleo, que já lançou sua proclamação de independência de facto.
Por Thomas C. Mountain*, no Counterpunch
Cerca de 2,8 milhões de líbios estão convocados a elegerem neste sábado os 200 delegados do Congresso Nacional Geral, que designará o próximo governo, em meio a ameaças de boicote e ações violentas na região oriental.
O governo golpista da Líbia, instalado no poder com o auxílio da Otan no ano passado, vai realizar neste sábado (7) o que chamou de "eleições" desde que foi assassinado o líder do país, Muamar Kadafi, em outubro de 2011.
Pelo menos 14 pessoas morreram e outras 89 ficaram feridas nos confrontos armados que explodiram ontem e prosseguem nesta quarta-feira (13) na região de Jebel Nafusa, ao sudoeste de Trípoli, informou o porta-voz do governo líbio, Nasser al Manaa.
As poderosas milícias locais estão, simultaneamente e muito estranhamente, ao mesmo tempo, minando as bases do nascente processo democrático na Líbia e fortalecendo o conceito de justiça social.
Por Gamal Nkrumah, no Al-Ahram Weekly
A Comissão Eleitoral da Líbia declarou no domingo (10) que, as eleições da Assembleia Nacional, previstas para os dias 19 e 23 de junho, são adiadas para 7 de julho.