A esquerda bem informada
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Tag: literatura,

Murilo Carvalho: Chorar em silêncio

"Craquenta, mão craquenta, craquenta, craquenta", e as lágrimas arrebentavam, grossas e mornas e ela enterrava os olhos na fronha e queria morrer e sofria todas as dores, porque ela tinha acabado de fazer quinze anos, amava e estava ali, no quarto frio do barraco, chorando, enquanto ele estava na festa e ela ali, com suas mãos craquentas, chorando lágrimas que nasciam ardidas, fruto de fogo brotando dos olhos azuis, sem agüentar a ausência, arrebentando de raiva das mãos: craquentas, craquentas.

Wander Piroli: Trabalhadores do Brasil

Como uma ilha entre as pessoas que se comprimiam no abrigo de bonde, o homem mantinha-se concentrado no seu serviço. Era especialista em colorir retrato e fazia caricatura em cinco minutos. No momento ele retocava uma foto de Getúlio Vargas, que mostrava um dos melhores sorrisos do presidente morto.

Por Wander Piroli*

Arthur Azevedo: O velho Lima

O velho Lima, que era empregado – empregado antigo – numa das nossas repartições públicas, e morava no Engenho de Dentro, caiu de cama, seriamente enfermo, no dia 14 de novembro de 1889, isto é, na véspera da proclamação da República dos Estados Unidos do Brasil.

Por Arthur Azevedo*

Trabalhadores do Brasil: Ofícios do tempo

A antologia Trabalhadores do Brasil, organizada por Roniwalter Jatobá e publicada em 1998, apresentou um painel da literatura brasileira que descreve a condição operária. O próprio Roniwalter Jatobá, que organizou aquela coletânea, escolheu quatro entre os contos lá reunidos para homenagear os trabalhadores neste primeiro de maio. O Vermelho publica abaixo, um comentário exclusivo do autor sobre o livro em questão.

Mário de Andrade: Primeiro de Maio

No grande dia Primeiro de Maio, não eram bem seis horas e já o 35 pulara da cama, afobado. Estava bem disposto, até alegre, ele bem afirmara aos companheiros da Estação da Luz que queria celebrar e havia de celebrar.

Por Mário de Andrade, em Contos Novos

Mário de Andrade: Primeiro de Maio

No grande dia Primeiro de Maio, não eram bem seis horas e já o 35 pulara da cama, afobado. Estava bem disposto, até alegre, ele bem afirmara aos companheiros da Estação da Luz que queria celebrar e havia de celebrar.

Por Mário de Andrade, em Contos Novos

Mário de Andrade: Primeiro de Maio

No grande dia Primeiro de Maio, não eram bem seis horas e já o 35 pulara da cama, afobado. Estava bem disposto, até alegre, ele bem afirmara aos companheiros da Estação da Luz que queria celebrar e havia de celebrar.

Por Mário de Andrade, em Contos Novos

Galeano: Como os EUA apagaram a memória do 1º de Maio

Chicago está cheia de fábricas. Existem fábricas até no centro da cidade, ao redor de um dos edifícios mais altos do mundo. Chicago está cheia de fábricas, Chicago está cheia de operários.

Por Eduardo Galeano, em O Livro dos Abraços

Lungaretti: Os arapongas do patrulhamento cricri

Depois de escorraçados pelos cultos, libertários e (consequentemente) antípodas da censura no final de 2010, os patrulheiros cricris contra-atacaram da forma mais sórdida possível, desencavando cartas em que Monteiro Lobato expressou conceitos racistas.

Por Celso Lungaretti, em Náufrago da Utopia

Animação aproxima Saramago das crianças

"E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos? Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?" Este questionamento, no texto A Maior Flor do Mundo, do escritor português José Saramago dá uma idéia da beleza do tema que é apresentado nesta animação.  

 Gláucia Lima lança livro sobre sonhos

 A professora de língua e auditora da SEFAZ Gláucia Lima lança seu primeiro livro intitulado Sonho – uma percepção da verdade. O lançamento será nesta terça feira, dia 26, às 19,30h, no Centro Cultural Oboé.

Tião Simpatia – Lei Maria da Penha em Cordel

O artista popular Tião Simpatia usa a literatura de cordel para abordar um tema tão importante para o país: a Lei Maria da Penha. Nos versos, o autor retrata aspectos cotidianos da violência doméstica e intrafamiliar contra a mulher. Veja a seguir a íntegra do codel.

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