Boaventura de Sousa Santos afirma que a democracia brasileira está em perigo, e fala diretamente aos brasileiros que fazem parte da esquerda e da centro-esquerda alertando para a urgência de preserva-la
“Se o triplex é do Lula, então o triplex é do povo!”. Essa é a convocação para o churrasco que está sendo organizado por movimentos estudantis e da juventude, como a União Nacional dos Estudantes (UNE) para o sábado (3) no edifício Solaris, no Guarujá, litoral paulista. Clique AQUI para acessar o evento.
Para o público que não conhece as particularidades do caso, a notícia de que um ex-presidente é julgado por corrupção em uma nação latino-americana – onde a impunidade geralmente é a regra – pode parecer um avanço.
Por Hernán Gómez Bruera*
“Para muitos o golpe ficará pela metade se não houver o banimento político de Lula. Isso é um desserviço à democracia”, declarou à Folha de S. Paulo Dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito de Blumenal que atualmente vive em São Paulo. O religioso comentou a condenação de Lula pelo Tribunal Regional Eleitoral da 4ª Região (TRF-4). Na opinião dele, não existem provas consistentes. “Nesse julgamento do Lula está havendo uma pressa que é uma coisa impressionante.”
Por Railídia Carvalho
Dezesseis ativistas do Levante Popular da Juventude, 13 mulheres e 3 homens, foram liberados na tarde de quinta-feira (25) em Porto Alegre (RS). A prisão representa a repressão dos movimentos sociais e de esquerda, os militantes passaram a madrugada detidos, apesar de liberados, foram indiciados e responderão por processo criminal, ainda que a participação de cada um deles no ocorrido não tenha sido esclarecida.
Por Verônica Lugarini
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) repudia a agressão sofrida pelo jornalista Rafael Moro Martins, na quarta-feira (24), durante a cobertura do julgamento do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. O profissional foi agredido em frente à Justiça Federal, em Curitiba, por manifestantes que apoiam a Operação Lavajato.
Eric Hobsbawn, o grande historiador inglês morto em 2012, aos 95 anos, havia deixado claro. Em 2011, se encontrou com Luiz Inácio Lula da Silva. Ao sair da reunião, em Londres, comentou: “Lula ajudou a mudar o equilíbrio do mundo porque pôs os países em desenvolvimento no centro das coisas”. E prosseguiu: “Lula foi o verdadeiro introdutor da democracia no Brasil, um país com tantos pobres pelos quais ninguém havia feito antes tantas coisas concretas”.
Por Martin Granovsky*
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou nesta quinta-feira (25) sua "absoluta solidariedade e respaldo" ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujo recurso diante da condenação no caso do tríplex foi negado na quarta (24). Ele nega ser o dono do imóvel.
“Ex-presidente Lula é condenado por unanimidade pelos desembargadores do TRF 4 de Porto Alegre”. Esse texto apareceu na tela da emissora da família Saad por volta das 11 horas da manhã desta quarta, 24 de janeiro. O furo jornalístico da BandNews foi confirmado 6 horas depois pelo TRF 4.
Por Renata Mielli*, na Mídia Ninja
O juiz federal Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal em Brasília, determinou nesta quinta-feira (25) a apreensão do passaporte do ex-presidente Lula, o que o impede de deixar o país. Para o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins a decisão do juiz fere o direito constitucional de ir e vir já que não houve decisão condenatória transitada em julgado contra o ex-presidente. Em nota, o PT considerou que a decisão é uma odiosa perseguição à Lula e cria um vexame internacional.
A líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, deputada Alice Portugal, criticou a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª região, em Porto Alegre (RS), que manteve a condenação do ex-presidente Lula e aumentou a pena a ele atribuída, na última quarta-feira (24/01). Para a parlamentar, é visível que a decisão do Tribunal, em unanimidade, “abandona a tese do bom direito, do direito imparcial, da magistratura garantindo a justiça cega”.
Impressiona no julgamento de Lula no TRF-4, dia 24 de janeiro, a voz uníssona dos três juízes. Não se ouviu nenhuma vez “data vênia”. No essencial tiveram o mesmo juízo. Os votos proferidos, embora de estilos diferentes, tiveram a sincronia de soldados numa marcha militar.
Por Adalberto Monteiro*