Curitiba (PR) transformou-se nesta quarta-feira (10) no centro de resistência em defesa da democracia. Para receber o presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o depoimento prestado ao juiz Sérgio Moro, referente à Operação Lava Jato, cerca de 20 mil pessoas ocuparam a praça Santos Andrade em um ato político, prestando solidariedade ao ex-presidente e denunciando as arbitrariedades do judiciário brasileiro.
Por Laís Gouveia
“Dizem que o Sergio Moro não é parte contra o Lula. Como não? As duas revistas que têm editorial alinhado com ele, que defendem ele, colocaram na capa o juiz com as cores do PSDB brigando contra o Lula. É inacreditável”, criticou hoje (10), a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), durante posse da direção municipal do partido em Curitiba.
O juiz Ricardo Augusto Soares Leite, que determinou a suspensão das atividades do Instituto Lula, tomou esta decisão por conta própria e não a pedido do Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF), como ele alegou em seu despacho. Questionado pela reportagem do UOL, a assessoria de imprensa da Justiça Federal do DF admitiu que não houve solicitação do MPF nesse sentido.
A luta para assegurar o estado de direito no Brasil também é uma luta dos trabalhadores. A opinião é de dirigentes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB ) e Central Única dos Trabalhadores (CUT). Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB, e Vagner Freitas, presidente da CUT, estão em Curitiba acompanhando as manifestações em solidariedade a Lula, que presta depoimento ao juiz federal Sérgio Moro sobre investigação da operação Lava Jato.
Nesta quarta-feira (10), a presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, destacou a mobilização da militância em solidariedade ao ex-presidente Lula em Curitiba. Para a dirigente, esse ato ganha relevância não só pela defesa do Lula, mas pela defesa “da isenção e legalidade do seu julgamento, pela garantia do seu direito à ampla defesa com base nos fatos e não nas convicções de seus julgadores”.
Por meio das redes sociais, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) afirmou que, enquanto a Justiça persegue o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Michel Temer coloca em prática reformas regressivas, "milhões de pobres são condenados a perder direitos básicos em um Estado Social consagrado pela Constituição 1988".
A emissora multiestatal tem repercutido a movimentação desta quarta-feira (10) no Brasil, quando o ex-presidente Lula vai prestar depoimento ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba, no Paraná. A TeleSur destaca, porém, a participação dos movimentos sociais em defesa do líder brasileiro.
"Até agora, não vendi nada. Esperava que viesse pelo menos mil pessoas, já que se falava em 5 mil participantes. Tem mais repórter do que pessoas", declarou o vendedor ambulante de bandeiras do Brasil e máscaras de Lula Zumbi, Fausto Leandro em matéria publicada no UOL. Em Brasília, os partidários de Moro fizerma o bloco do "eu sozinho".
O Presidente Nacional da CUT, Vagner Freitas, participou há pouco do Encontro pela Liberdade de Expressão, em Curitiba (PR), onde movimentos sindical e sociais prestam solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que será interrogado pelo juiz Sérgio Moro.
Cercado por milhares de pessoas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou para prestar o seu primeiro depoimento na ação que tramita na 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, no processo comandado pelo juiz Sergio Moro, nesta quarta-feira (10). A audiência, prevista para começar as 14 horas, teve início às 14h18. Lula chegou por volta das 13h30 à sede da Justiça.
“A decisão de proibir a defesa de gravar é a relativização do que está previsto na lei, que garante o direito da defesa de gravar, independentemente da autorização judicial”, afirmou jurista Leonardo Isaac Yarochewsky, professor de Direito Penal da PUC-MG e doutor em Ciências Penais pela UFMG, ao comentar a decisão do ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou o recurso da defesa do ex-presidente Lula de gravar o depoimento que concede em Curitiba.
Por Dayane Santos
Hoje, as atenções do Brasil se voltam para Curitiba, para o depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sergio Moro. Ao fazer essa constatação, é o caso de nos perguntarmos o porquê.
Por Orlando Silva*