Todo mundo viu, quase ninguém gostou. A revista Veja estampou na semana passada uma foto da esposa de Temer, Marcela, tecendo comentários positivos sobre ela, enaltecendo-a como uma mulher bela, recatada e do lar. Não haveria problema algum caso os únicos adjetivos que a acompanhassem na nota não fossem estes.
Por Matê da Luz
Viraliza na internet mais uma piada de uma pérola da mídia tupiniquim. Em pleno século 21, uma revista de (des)informação fez reportagem sobre a esposa do ainda vice-presidente Michel “vaza” Temer, Marcela, com o título sugestivo de “Bela, recatada e do lar”. Para as dirigentes da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Ivânia Pereira e Gicélia Bitencourt, a abordagem é machista e atenta contra avanços conquistados pelas mulheres.
Ao tratar a presidenta Dilma Rousseff de maneira machista, parcela da imprensa e da sociedade rompem as barreiras da democracia. A misoginia, mais do que aversão às mulheres, é o ódio ao gênero feminino.
A presidenta nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE), criticou o machismo da revista IstoÉ que, em sua edição desta semana, ataca à Presidenta da República, Dilma Rousseff, de desequilíbrio e descontrole emocional, na matéria intitulada As Explosões Nervosas da Presidente.
A ministra das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, disse nesta quarta-feira (9) que cada avanço e cada direito que vão sendo garantidos para as mulheres no Brasil ajudam na mudança do imaginário que muitas têm sobre si mesmo e que os homens têm sobre as mulheres.
O desaparecimento de Marina e Maria comoveu a América Latina nas últimas semanas. Seus corpos foram encontrados com golpes na cabeça e dois homens confessaram o crime. Na internet, houve quem culpasse as mulheres pelo assassinato. Por outro lado, uma jovem escreveu uma carta emocionante em homenagem às vítimas
No sábado (20) à noite, em um show no México, o cantor Alejandro Sanz abandonou por breves instantes sua atuação para descer do palco e defender uma espectadora que estava sendo maltratada por um indesejável, os merecidos elogios irromperam nas redes sociais: foi chamado de grande, herói, e dedicaram-lhe muitos outros elogios.
Por Pablo de Llano, no El País
O Atlético Mineiro lançou seu uniforme para a temporada 2016 nesta segunda-feira (15), em desfile realizado em uma casa de festas em Belo Horizonte. Mas não foram os modelos das novas camisetas que chamaram a atenção, e sim a forma escolhida para mostrá-las. O uniforme foi exibido por modelos mulheres que usavam além da camiseta, biquínis. Diferente de quando o desfile é protagonizado por homens (normalmente jogadores), que ocupam a passarela completamente vestidos.
Da marchinha ao funk, foliãs feministas foram nesta quarta-feira (10) protagonistas do bloco Mulheres Rodadas, que saiu nesta Quarta-Feira de Cinzas, no Largo do Machado, zona sul do Rio de Janeiro. Criado no carnaval do ano passado como reação a atitudes machistas nas redes sociais, o bloco cresceu e ganhou centenas de colaboradores e uma banda com mais de 100 músicos, formada majoritariamente por mulheres.
Pesquisa feita pelo Instituto Data Popular, como contribuição à campanha Carnaval Sem Assédio, do site Catraca Livre, mostra que a maior parte da visão masculina ainda é machista em relação à participação de mulheres nos festejos de rua.
O comentário é de Lola Aronovich, 48 anos, nascida na Argentina, militante que rodou o Brasil e hoje vive em Fortaleza. Com doutorado em literatura e língua inglesa em Detroit, nos Estados Unidos, atualmente ela é professora do Departamento de Letras Estrangeiras da Universidade Federal do Ceará (UFC). A entrevista em que ela fala sobre feminicídio, redes sociais e violência contra a mulher foi publicada no dia 27 de dezembro na Tribuna do Ceará.
O impeachment assinado pelo Presidente da Câmara dos Deputados neste inicio de dezembro de 2015 foi além de um golpe partidário, um golpe contra a democracia brasileira, um golpe contra o povo brasileiro e contra todas as conquistas de direitos que os trabalhadores desse país alcançaram desde a promulgação da Constituição de 1988 até o ano de 2014.
Por Fátima Teles*, para o Vermelho