Velas, flores e caixões para simbolizar milhares de mulheres que morreram em abortos clandestinos no país, fazem parte de uma instalação de protesto montada nesta sexta-feira (8) em em frente à 12ª Delegacia de Polícia, em Copacabana, no Rio. A delegacia coordenou ação que prendeu, na semana passada, uma paciente e dois médicos em uma clínica na cidade, sob acusação de prática do aborto, considerado crime no Brasil, com até 3 anos de prisão.
Com a crescente onda conservadora instalada no país desde as eleições de 2014, vários segmentos da sociedade brasileira denunciam as manobras da direita que, com o apoio da grande mídia e de parcelas do Judiciário, impõe um golpe de Estado em curso no país, que tem a sua maior representação no pedido de impeachment sem validade legal da presidenta Dilma Rousseff, eleita por mais de 54 milhões de brasileiros.
Chico Buarque apareceu de surpresa. Jandira Feghali, Dona Maria Soares, do Jongo da Serrinha de Madureira, e milhares de mulheres se somando ao grito de: “Não Vai Ter Golpe!”, foram as marcas das manifestações no Largo da Carioca no Rio de Janeiro, pela democracia.
O Brasil parou nesta quinta-feira (31) em defesa da democracia. Diversos setores da sociedade saíram nas principais capitais do país e também em cidades do exterior para denunciar que o impeachment da presidenta Dilma é uma conspiração da direita para subir ao poder através de um golpe, tendo em vista que não aceitaram o recado das urnas nas últimas eleições presidenciais.
Cartazes em apoio à democracia e ao governo da presidenta Dilma Rousseff espalhados pelo chão e dezenas de crianças com as mãos e roupas sujas de tinta. Em meio às milhares de pessoas que foram à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, contra o impeachment, um grupo de pais aproveitou o momento para sair às ruas ao lado dos filhos, em sua maioria, menores de dez anos.
O cantor e compositor Chico Buarque marcou presença no ato desta quinta-feira, no Rio de Janeiro, em defesa da democracia e do mandato da presidenta Dilma Rousseff. Ovacionado, ele foi saudado pelos manifestantes aos gritos de “Chico, guerreiro do povo brasileiro”. Segundo o cantor, independentemente de se apoiar ou não o PT e o governo, “não se pode colocar em dúvida a integridade de Dilma”.
O coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros, Emanuel Cancella, disse nesta quinta (31), durante ato em defesa da democracia no Rio de Janeiro, que um eventual impeachment da presidenta Dilma Rousseff e sua substituição pelo vice-presidente Michel Temer pode levar à privatização da Petrobras e à entrega do pré-sal para empresas privadas.
Cada vez mais um grito ecoa em defesa da democracia: "Não vai ter golpe". Na próxima quinta-feira (31), grandes manifestações ocorrerão nas principais cidades do país e no exterior, contra o impeachment sem fundamentos legais orquestrado pela direita, para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, que foi reeleita com 54 milhões de votos nas últimas eleições.
Após lançamento do Comitê Pró-Democracia na Câmara, integrantes de movimentos sociais, servidores públicos e advogados protestam contra pedido de impeachment de Dilma Rousseff encabeçado pela Ordem dos Advogados do Brasil.
Por Christiane Peres
Jornalistas, publicitários, radialistas, comunicadores populares e ativistas digitais se reúnem na próxima terça-feira, 29 de março, no “Encontro da Mídia Livre e Popular – Comunicadores pela Democracia”. A atividade acontece a partir das 18 horas, na sede da Central Única dos Trabalhadores no Ceará (Rua Solon Pinheiro, 915 – José Bonifácio, Fortaleza).
Meio milhão e pessoas estiveram na Avenida Paulista demonstrando indignação ao golpe posto e animação para conte-lo. O vídeo da TV Nas Ruas retrata as bandeiras e reinvindicações entoado na manifestação.