Com uma pauta extensa, que pela primeira vez não será entregue ao governo federal, por entender que não dá para negociar com quem retira direitos, a Marcha das margaridas 2019 reúne nesta quarta-feira (14) milhares de mulheres na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
O brutal assassinato de Margarida Maria Alves, em 12 de agosto de 1983, foi o estopim para que mulheres do campo, anos depois, imbuídas do espírito de luta de Margarida, se organizassem em defesa de justiça, igualdade e paz no campo e na cidade.
Por Christiane Peres, do PCdoB na Câmara
Nesta terça-feira (13), a Câmara dos Deputados realiza uma sessão solene em homenagem à Marcha das Margaridas que realiza em Brasília-DF a sua sexta edição. As caravanas começaram a chegar na madrugada desta terça no Pavilhão do Parque da Cidade. Em passeata as mulheres atravessaram a Esplanada dos Ministérios nesta manhã até o Congresso Nacional. Confira a transmissão ao vivo pela TV Câmara.
Movimentos sociais estão nas ruas nesta terça-feira (13) em todo o país para combater os cortes na educação, mais verbas para a saúde e justiça social. Em Brasília, são destaques o Tsunami pela educação, liderado pela UNE, e as marchas das mulheres indígenas e das Margaridas.
Nesta segunda-feira (12), dia em que se completam 36 anos do assassinato de Margarida Maria Alves, símbolo da maior ação de mulheres da América Latina, milhares de Margaridas de todo o Brasil e de outros 26 países estão em Brasília para participar da Marcha das Margaridas 2019, que será realizada nesta terça-feira (13) e na quarta (14).
A União Brasileira de Mulheres (UBM) tem participado, ativamente, da construção da 6ª Marcha das Margaridas que ocorrerá nestes dias 13 e 14 de agosto, em Brasília. Além de agricultoras familiares, fazem parte também das “Margaridas”, as mulheres indígenas, quilombolas, ribeirinhas, pescadoras, raizeiras, quebradeiras de coco babaçu e extrativistas e as urbanas, que vêm de todo o Brasil para apresentar no centro político do País uma plataforma política em defesa das mulheres.
Desde 2000, a Marcha das Margaridas leva as pautas das mulheres do campo a Brasília. Em sua sexta edição, as trabalhadoras do campo apresentam suas reivindicações para a construção de uma sociedade que respeite os gêneros e caminhe para construir a cultura da paz.
Por Marcos Aurélio Ruy
Por ocasião da 6ª Marcha das Margaridas que se realizará entre os dias 13 e 14 de agosto deste ano em Brasília, a Contag entrevistou a presidenta da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Piauí (FETAG-PI) e recentemente empossada deputada estadual (PCdoB) na Assembleia Legislativa do Piauí, Rosângela Moura.
A Marcha das Margaridas conquistou mais uma importante vitória para ampliar os direitos das mulheres e lhes conceder uma vida digna e sem violência. No dia 12 de agosto, a ministra da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci, assinou uma portaria que autoriza a criação da Patrulha Maria da Penha Rural.
A Marcha das Margaridas é uma das evocações mais bonitas e simbólicas do movimento popular brasileiro. Construída por mulheres trabalhadoras, especialmente as mulheres do campo, a marcha evoca a memória da paraibana Margarida Maria Alves, sindicalista, assassinada a mando dos patrões com um tiro no rosto em 1983, em um dia 12 de agosto.
A Marcha das Margaridas foi destaque em pronunciamento do vereador Evaldo Lima (PCdoB) na Câmara Municipal de Fortaleza, em sessão da última quarta-feira (12/08). O parlamentar exaltou a importância do evento que reforça a luta das mulheres pelo respeito a questões de gênero e por melhores condições de trabalho no campo.
O encerramento da 5ª Marcha das Margaridas, realizada nesta quarta-feira (12), no estádio Mané Garrincha, em Brasília, se transformou num grande ato em defesa da democracia e em apoio ao governo da presidenta Dilma Rousseff, presente no evento.