A Frente Polisário, que luta pela libertação do Saara Ocidental da ocupação marroquina, instaurou uma ação judicial contra o Conselho da União Europeia com base num conjunto de acusações relacionadas com a exploração de recursos naturais do território em condições que violam o direito internacional.
Por Pilar Camacho, de Bruxelas, e Sylvie Moreira, de Paris para o Jornalistas sem Fronteiras
A Frente Polisario, que luta pela independência do Saara Ocidental, completou 41 anos neste sábado (10). Sua bandeira é o reconhecimento internacional da República Árabe Saaraui e o fim da ocupação mantida pelo Marrocos desde 1975. Em 1976, a Frente Popular para a Libertação de Saguia el Hamra e Rio de Oro (Polisario) proclamou a república, com a retirada da colonização espanhola. Porém, as diversas negociações e a missão das Nações Unidas ainda não garantiram a autodeterminação saaraui.
A questão da independência do Saara Ocidental diz cada vez mais respeito aos rumos do desenvolvimento do Marrocos. Isso porque a região, que Rabat denomina “estados do Sul”, contribuiu fartamente para as receitas de exportação do reino.
Por Olivier Quarante*, no Le Monde Diplomatique
A cientista política e jornalista saaraui Agaila Abba visitou recentemente a sua terra natal, o Saara Ocidental, ocupado pelo reino do Marrocos, no noroeste da África. Como resultado da viagem, ela divulga uma exposição fotográfica, em coautoria com Joe Huddleston, sobre as origens da questão do povo saaraui e do problema atual dos refugiados. Veja a seguir alguns trechos e fotos tiradas por Huddleston.
A descolonização do Saara Ocidental, no noroeste africano, é uma das lutas por libertação mais atuais entre as causas internacionais. A ocupação pelo Reino do Marrocos é condenada por diversos países e organizações, inclusive a União Africana. O Portal Vermelho entrevistou Hash Ahmed, responsável da Frente Popular para a Libertação de Saguia al-Hamra e Rio de Oro (Polisario) pelas relações com a América Latina, durante o 13º Congresso do PCdoB.
Por Moara Crivelente, da redação do Vermelho
A União Europeia (UE) gosta de se exibir como um paladino da integridade política, o benfeitor da comunidade internacional, quando, na verdade, suas políticas fedem à intrusão imperialista de antanho de tantos dos seus Estados membros. A política comercial ilegal e antiética da UE sobre a pescaria é um exemplo primário disso. A pesca na costa do Saara Ocidental pertence ao povo saarauí, do Saara Ocidental.
Por Timothy Bancroft-Hinchey*, no Pravda
As forças de segurança do Marrocos continuam a violar os direitos humanos do povo saaraui, no Saara Ocidental (na África setentrional), diversos meses depois de o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) ter decidido não enviar observadores ao território ocupado pelo Marrocos, de acordo com grupos de defesa dos direitos humanos. A reportagem foi publicada pelo portal All Africa, nesta quinta-feira (26).
O povo do Saara Ocidental comemorou nesta sexta-feita (10) o 40º aniversário da Frente Polisário, em meio a uma histórica luta por sua independência do Marrocos, segundo declarações de seu embaixador na Argélia, Brahim Ghali.
O Conselho de Segurança estendeu por mais um ano o mandato da Missão da ONU no Saara Ocidental (Minurso) e exigiu do Marrocos e da Frente Polisário uma maior vontade política para chegar a uma solução.
O Conselho de Segurança discutirá hoje em privado sobre a questão do Saara Ocidental, ocupado por Marrocos desde 1976, em momentos em que o problema adquire uma nova dinâmica adversa para Rabat.
"Mesmo que meu pai me perdoe algum dia por ter dado à luz sendo solteira, vou continuar sendo a vergonha do meu bairro por ter manchado a honra da minha família. Não tenho esperança de voltar para minha casa e que meus familiares aceitem meu filho".
O governo do Marrocos anunciou nesta quinta-feira (15) que fará emendas à lei que permite que estupradores se casem com suas vítimas menores de idade, depois do suicídio de uma adolescente forçada a essa prática. A alteração na lei é urgente, afinal, o país lega direitos às mulheres que diversas outras nações islâmicas ainda não contemplam.