O Brasil encabeça a lista de um ranking de combate à mudança climática publicado nesta segunda-feira por uma organização não-governamental europeia. Pela primeira vez desde que o indicador começou a ser medido pela ONG Germanwatch e a rede Climate Action Network (CAN), um país emergente ocupou a liderança no ranking, passando para trás países desenvolvidos como a Suécia, a Alemanha e a Noruega.
Os africanos – apoiados pelo G77, grupo que reúne países pobres e em desenvolvimento – decidiram deixar as negociações por causa da insatisfação com a iniciativa do governo dinamarquês de se concentrar em um novo acordo, em vez de trabalhar paralelamente em uma extensão do Protocolo de Quioto.
Os chefes das delegações do grupo de nações emergentes formado pelo Brasil, pela China, Índia e África do Sul se reuniram na manhã desta segunda-feira (14) na Conferência das Nações Unidas sobres Mudanças Climáticas (COP-15) para acertar uma estratégia conjunta visando a forçar os países ricos a adotarem metas mais ousadas contra o aquecimento global.
Para o professor Luiz Carlos Molion, representante da América Latina na Organização Meteorológica Mundial e pós-doutor em meteorologia, as reduções de emissões de carbono propostas pela 15ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-15), não vão produzir efeito no clima mundial, "o gás carbônico não controla o clima global", garante.
A reunião geral das 192 nações — que participam da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague — não chegou ainda a um plano consensual sobre o desenvolvimento sustentável para o planeta. Mais uma vez, os países ricos não querem deixar de ser também os campeões de poluição mundial. Earth Song (Canção da Terra), de Michael Jackson, é uma reflexão sobre esse “eterno” impasse e um apelo para que o seu desfecho seja planeta mais verde.
Um acordo climático mundial – bem feito ou não – se traduzirá em regras e impostos sobre os setores produtivos. Preocupados com as consequências para seu desempenho, associações corporativas fazem seu lobby em Copenhague.
Por Neuza Árbocz, para a Envolverde
Na reunião geral das 192 nações que participam da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, neste sábado (12) em Copenhague, os principais emissores históricos de gases que provocam o efeito estufa criticaram o rascunho, apresentado sexta-feira (11), pelo grupo de trabalho que tenta buscar um acordo até o fim da próxima semana.
O aquecimento global no Brasil pode ter efeitos 20% maiores que a média global até o fim do século, com grandes impactos sobre os índices pluviométricos do país, de acordo com um novo estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), lançado durante a reunião das Nações Unidas sobre o clima, em Copenhague.
Um rotundo "não" foi mantido nesta sexta-feira (11) pelos 42 estados insulares presentes em Copenhague, sede da Conferência da ONU sobre a Mudança Climática, diante das tentativas de impor um acordo considerado "débil" por esses estados.
Ao fim de duas jornadas de trabalho, a Conferência da ONU sobre a Mudança Climática (COP-15) viu hoje o sabor amargo do regateio dos países ricos, enquanto áreas como o Caribe gritam por socorro.
Por Susana Ugarte Soler, para a agência Prensa Latina
Um dia depois do vazamento de um projeto elitista de declaração elaborado pela Dinamarca criar uma crise na Cúpula sobre a Mudança Climática, Brasil, África do Sul, Índia e China apresentaram nesta quarta-feira uma proposta conjunta representando os países emergentes.
A marcha a ré e o duplo discurso dos países ricos caracteriza o começo da 15ª Conferência das Partes da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-15) na capital dinamarquesa, segundo numerosos participantes procedentes do mundo em desenvolvimento
Stephen Leahy, para a agência IPS