“Ainda há juízes em Berlim”. Assim o advogado do réu Delúbio Soares, o criminalista Arnaldo Malheiros Filho, concluiu a terceira defesa da sessão do julgamento do mensalão desta segunda-feira no plenário do Supremo Tribunal Federal. A frase resume conto em verso de François-Guillaume-Jean-Stansislas-Andrieux, “O Moleiro de Sans-Souci”.
Por Eduardo Guimarães, no blog da Cidadania
O advogado José Luis Oliveira Lima, que apresentou a defesa de José Dirceu, no terceiro dia de julgamento do processo do “mensalão” no Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desta segunda-feira (6), disse que concordava em uma coisa com o Ministério Público: que a grande prova no processo são as provas testemunhais. “E todas são no sentido da absolvição de José Dirceu”, afirmou o advogado.
O presidente do PT, Rui Falcão, gravou um vídeo pouco antes do julgamento da Ação Penal 470, apelidada por um ex-deputado e pela mídia como "mensalão". O processo incluiu alguns militantes do PT, injustamente acusados por crimes cuja comprovação não se sustenta na longa denúncia da procuradoria.
O julgamento do mensalão, no Supremo Tribunal Federal (STF), entra nesta segunda-feira (6) na fase da defesa dos réus. Os advogados terão até uma hora para defender seus clientes.
Advogados dos réus da Ação Penal 470 criticaram na sexta-feira (3) as acusações feitas pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Gurgel deu destaque à atuação do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, considerando-o como "mentor" da ação.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, reafirmou nesta sexta-feira (3), durante julgamento do chamado mensalão, a existência do esquema de distribuição de dinheiro que, segundo ele, foi o “mais atrevido e escandaloso caso de corrupção e desvio de dinheiro público” da política nacional. Para justificar a falta de provas contra José Dirceu, disse que o crime organizado possui métodos sofisticados de ação e o ex-ministro seria o mentor intelectual do grupo.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, informou nesta quinta-feira (2) que não pedirá o impedimento do ministro Antonio Dias Toffoli no julgamento do mensalão. Até quarta-feira (1°), ele ainda estudava a hipótese de questionar a participação do ministro.
O colunista da Folha de São Paulo Janio de Freitas usou em artigo de sua lavra publicado na Folha de São Paulo de 31 de julho uma alegoria da qual este blog tem se valido à exaustão. Os leitores desta página identificarão a semelhança de trecho daquele artigo – trecho que reproduzo abaixo – com o que aqui tem sido dito.
Por Eduardo Guimarães*
Todos os 38 réus do "mensalão" serão julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Essa foi a decisão tomada na tarde desta quinta-feira (2) pelos ministros do STF, por 9 votos a 2. Desta forma, negaram pedido de advogados para que o processo fosse dividido em dois, o que levaria a maioria dos réus a ser julgada por um juiz de primeira instância.
A espetacularização do julgamento do “mensalão” no Supremo Tribunal Federal (STF) é criticada por deputados e líderes sindicais, que veem na cobertura da mídia uma oportunidade para que a oposição saia “das catacumbas”, como afirmou o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes. O presidente da CUT, Wagner Freitas, não quis se manifestar sobre o assunto, para não alimentar a cobertura da grande mídia.
Não sei se ainda se usa a frase que dá título a este artigo para expressar a ansiedade com que, por muitos anos no passado, o país enfrentava o oitavo mês do calendário. Crendice internacional e que no Brasil se sustentava em alguns fatos emblemáticos e infaustos que ajudaram a criar a superstição, particularmente em políticos e jornalistas, sempre na expectativa de que agosto não traria boas notícias ao mundo e ao país.
Por Izaías Almada, no blog Escrevinhador.
Após ser homenageado nesta quinta-feira por empresários do setor do biodiesel em São Paulo, horas antes do início do julgamento da ação penal 470, chamada de “processo do mensalão”, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou não ter interesse em acompanhar o início deste julgamento.