Apontar caminhos para garantir oportunidades iguais no mercado de trabalho para negros, LGBTs, mulheres e deficientes é o objetivo do I Fórum Baiano da Diversidade no Mundo do Trabalho. A atividade aconteceu nos dias 23 e 24 de outubro sob a iniciativa da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado da Bahia.
Por Railídia Carvalho
Publicada pela BBC Brasil, na reportagem “Por que ter filhos prejudica mulheres e favorece pais no mercado de trabalho”, na quinta-feira (17), a pesquisa “Como famílias de baixa renda em São Paulo conciliam trabalho e família?”, feita pelo Insper (uma instituição de ensino superior e pesquisa), na periferia da capital paulista comprova o dado cruel: o mercado de trabalho não contrata mulheres que têm filhos.
Em 2015, as mulheres brasileiras tiveram ganhos 23,6% menores do que os homens, de acordo com dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre). Levantamento divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que as trabalhadoras brasileiras receberam, em média, R$ 2.192,59, enquanto os homens ganharam R$ 2.708,22.
Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese, comenta relatório da Organização Internacional do Trabalho sobre a participação da mão de obra feminina na economia global.
Mesmo escondida em uma calça jeans, camisa e sapato de cortes masculinos, Aurora Yett, 19 anos, estava ali. Ainda que travestida de homem jovem em busca de trabalho, as unhas feitas, os cabelos e, sobretudo, os movimentos e a voz transpareciam a mulher que ainda estava em formação, mas que já se apresentava, em modos tímidos, naquela entrevista de emprego em uma loja de doces, no Recife, Pernambuco.
O crescimento econômico do Brasil na última década não se refletiu em mais igualdade no mercado de trabalho. Com ou sem crise, as mulheres brasileiras continuam trabalhando mais – cinco horas a mais, em média – e recebendo menos.
Apesar de o governo repetir o tempo todo que há sinais de uma retomada da economia, os números não param de contradizer o discurso oficial. Nesta segunda (7), pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostra que o nível de desemprego no país permanece elevado e não dá sinais de que a tendência será revertida.
“O mundo se depara com um desperdício de talentos ao não agir com rapidez para frear a desigualdade de gênero. Isso poderia pôr o crescimento econômico em risco e privar as economias da oportunidade de se desenvolverem”, de acordo com o último relatório Global da Defasagem de Gênero 2016 do Fórum Econômico Mundial.
Por Jesus Servulo Gonzales, El País (Espanha)
O mercado de trabalho do país vive um “círculo vicioso”, com perda do poder de compra, queda da população ocupada, do trabalho com carteira assinada e em uma situação de estagnação onde nem mesmo o mercado informal consegue mais absorver os trabalhadores que perderam emprego.
“Homens vão menos ao médico porque trabalham mais", com essa declaração o ministro da Saúde do governo interino, Ricardo Barros, gerou revolta nesta quinta-feira (11) na internet e entre entidades dos movimentos sociais. O ministro, que participava da criação de um plano para aumentar as estatísticas de atendimento a homens na rede pública de saúde do Brasil, ainda afirmou que o sexo masculino é o provedor da maioria das famílias".
Por Laís Gouveia
A Associação dos Advogados de São Paulo, em parceria com a revista Claudia, promove debate gratuito, Direito da Mulher #ÉdeLei, nesta quinta-feira (3) às10h, na sede da instituição, no Centro de São Paulo. O evento será dividido em dois temas: “Violência contra a Mulher” (sexual, domiciliar e psicológica) e “Aspectos Jurídicos e Comportamentais no Ambiente de Trabalho”.
Quem entrou no mercado de trabalho depois de 2004 muito provavelmente desconhece o que é o desemprego estrutural ou de longa duração, esse facão que destrói vidas, sonhos e perspectivas. Por aproximadamente uma década, a geração de empregos foi resultado de uma dinâmica econômica de crescimento em um ambiente de expectativa favorável sobre o futuro.
Por Clemente Ganz Lucio*