Chanceleres e Ministros de Economia, Finanças e Comércio do Mercado Comum do Sul (Mercosul) se reúnem nesta quarta-feira (30) em Caracas, capital da Venezuela, para discutir a criação da zona econômica complementar Mercosul-Alba-Petrocaribe-Caricom, a fim de articular uma série de mecanismos de integração regional. A reunião faz parte da agenda política proposta pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que tem a presidência pró-tempore do bloco.
A complementação produtiva, a convergência macroeconômica e a integração da infraestrutura física são alguns objetivos dos países que buscam se proteger da desregulamentação dos mercados internacionais pela via da regionalização. No Mercosul não é diferente.
Por José Renato Vieira Martins*, no Opera Mundi
Nesta segunda-feira (21), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, recebeu em Caracas o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Fernando Pimentel, com quem revisou a cooperação bilateral.
O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, se reuniu na tarde de segunda-feira (21), em Montevidéu, com o presidente do Uruguai, José Mujica. O chanceler brasileiro falou dos principais temas da agenda bilateral e regional entre os países – especialmente em relação ao Mercosul e à União de Nações Sul-Americanas (Unasul). No início da tarde, Figueiredo foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores uruguaio, Luis Almagro, com quem almoçou antes do encontro com Mujica.
No sábado (12), foi lançado no estado venezuelano de Bolívar, o Mercado Comum do Sul (Mercosul) Indígena, que congrega movimentos sociais e representantes dos povos originários das 12 nações que formam o organismo multinacional (entre membros plenos, associados e observadores).
Em entrevista a emissoras de rádio do Rio Grande do Sul, a presidenta Dilma defendeu a importância do Brasil em relação aos países vizinhos, criticou as restrições à comercialização de produtos entre nações do Mercosul e respondeu sobre demandas da saúde e da mobilidade urbana no estado. “É um absurdo não termos um mercado de circulação livre”, disse a presidenta, se referindo à necessidade de cooperação comercial entre os países do bloco, em especial entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Fernando Pimentel, ministro Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, junto com o conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex), aprovaram a oferta brasileira que fará parte das negociações de acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia.
Representantes do Mercosul reunidos em Caracas, capital da Venezuela, discutem os meios para que o bloco integracionista avance para uma zona econômica que se uma a outros mecanismos de integração do continente.
A presidenta Dilma Rousseff recebe nesta segunda-feira (30), no Palácio do Planalto, o presidente do Paraguai, Horacio Cartes – que tomou posse há menos de dois meses – para discutir as relações comerciais com o Brasil e o retorno do país ao Mercosul, entre outros temas.
O governo argentino, por meio de um comunicado divulgado na imprensa nesta terça-feira (24), reiterou seu interesse de que o Mercosul e a União Europeia (UE) concretizem um acordo de associação política e comercial.
Após uma visita de Estado na última semana à presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, dando início à sua política de reaproximação de países estratégicos na América do Sul, o presidente do Paraguai, Horácio Cartes, se encontrará com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília. Sem data marcada, a visita está prevista para ocorrer após a Assembleia Geral das nações Unidas de 22 a 27 de setembro, em Nova York.
Segundo Fernando Masi, especialista em economia do Centro de Análise da Economia Paraguaia (Cadep), o Paraguai estaria cometendo um erro grave se afastando do Mercado Comum do Sul (Mercosul) em troca de uma união com a Aliança do Pacífico.