Quatro anos depois de deixar a presidência do Chile com 83% de aprovação, Michelle Bachelet retorna ao cargo nesta terça-feira (11), depois de vencer as eleições de dezembro com 63% dos votos.
Por Victor Farinelli, na Opera Mundi
Os primeiros sinais são claros e diretos: a futura presidenta do Chile, Michelle Bachelet, que toma posse nesta terça-feira (11), dará ênfase aos esforços para restaurar os laços com a América Latina e o Caribe, e em particular com a Venezuela.
O presidente uruguaio, José Mujica, deve viajar a Santiago na próxima semana para assistir a posse da presidenta Michelle Bachelet na terça-feira (11). Segundo a Prensa Latina, Mujica fica no Chile até a quarta-feira (12), quando participará de um foro sobre integração regional convocado pela Comissão Econômica para a América Latina e as Caraíbas (Cepal), organismo da ONU com sede na capital chilena.
A senadora socialista Maria Isabel Allende, filha de Salvador Allende, ex-presidente chileno, se converterá no próximo sábado (1º/3) na primeira mulher a presidir o Senado chileno, e entregará a faixa presidencial à presidente eleita Michelle Bachelet.
Eleita para governar o Chile pela segunda vez, Michelle Bachelet assumirá a presidência do país no dia 11 de março com o desafio de não decepcionar os eleitores que querem um governo diferente do neoliberal Sebastian Piñera. Com isso, ela deve se aproximar politicamente de países sul-americanos, especialmente Brasil e Argentina, que carregam entre si as semelhanças e os problemas criados por terem saído de ditaduras há pouco tempo, embora de formas distintas.
Por Débora Fogliatto, no Sul21
A comunista Claudia Pascual, futura ministra do Serviço Nacional da Mulher (Sernam) do Chile, falou com exclusividade para o jornal El Siglo e afirmou que "é belo o desafio de trabalhar pelos direitos das mulheres chilenas. Há um compromisso no programa da presidenta Michelle Bachelet, sobre a igualdade de género, o que é essencial". Ela disse ainda que "é fundamental envolver as mulheres na promoção e defesa dos seus direitos".
O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou nesta terça-feira (28) que espaços de integração como a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) são fundamentais para alcançar um nível maior de cooperação entre os países da região. O mandatário se encontra em Cuba, onde participa da 2ª Cúpula do bloco regional.
A presidente eleita do Chile, Michelle Bachelet, anunciou nesta sexta-feira (24) o governo que a acompanhará em seu segundo mandato, no qual há presença do Partido Comunista, pela primeira vez desde 1970, e mais independentes e mulheres que nunca na história do país.
A volta de Michelle Bachelet à presidência do Chile é um fato muito auspicioso para a América do Sul e toda a América Latina. As notáveis qualidades humanas e políticas que ela demonstrou em seu primeiro governo e, posteriormente, no comando da ONU Mulheres, a entidade das Nações Unidas para igualdade de gênero, conferiram-lhe um merecido prestígio nacional e internacional.
Por Luiz Inácio Lula da Silva*, no El País
Nesta segunda-feira (13), a Federação de Estudantes da Universidade do Chile (Fech) pediu aos alunos que sigam com as mobilizações para solicitar uma reforma educacional em 2014. “Fazemos um apelo explícito para que os estudantes saiam às ruas neste ano”, disse a presidente da Fech, Melissa Sepulveda, em um pronunciamento realizado na Universidade Técnica Federico Santa María.
A presidenta eleita no Chile, Michelle Bachelet, retomará na segunda-feira (6) os contatos com diversas figuras políticas voltadas à formação de seu gabinete, informou nesta sexta-feira (3) o jornal chileno La Tercera. O periódico destaca que ela reativará seus contatos com dirigentes da “Nueva Mayoría”, a aliança de partidos que a levou à vitória.
A direita chilena tenta recompor-se depois de seu recente fracasso eleitoral, que provocou uma onda de críticas internas e ameaças de fragmentação. Os partidos Renovação Nacional (RN) e a União Democrata Independente, que impulsionaram a candidatura presidencial de Evelyn Matthei, derrotada pela ex-mandatária Michelle Bachelet, vivem hoje momentos de tensão.