Sua influência na cultura nacional atravessa gerações e continua referenciando novos artistas, ao tornar o Brasil universal em sua cultura tão única.
Projeto reúne informações sobre autores que participaram da Semana de 22 e outros que se destacaram nos anos seguintes
Para os que acreditam no legado artístico e literário do movimento, sem o evento fundador da nossa modernidade artística estaríamos hoje em uma penúria irremediável. Mas para os que franzem as sobrancelhas para as estripulias dos jovens de 22, se legado houve, foi apenas relativo seu valor estético, embora amplo seu apelo ideológico
Especialistas comentam como se deu o movimento modernista fora do eixo São Paulo-Rio de Janeiro
Eventos promovidos pela Escola de Comunicações e Artes da USP começam na segunda-feira, dia 21, às 19 horas
O jornalista e escritor Ruy Castro descreve uma cidade moderna bem antes da Semana de 1922. Suas provocações também revelam os maneirismos passadistas dos artistas paulistas.
As semelhanças entre dois romances, Ulisses, do escritor irlandês James Joyce, e Grande Sertão: Veredas, do brasileiro João Guimarães Rosa permitem um grande número de comparações feitas no campo da literatura. Eles têm muita coisa em comum, principalmente o uso da linguagem. É criação; e, mais ainda, é poesia, um caminho mágico que conduz um autor ao outro, um romance sobre o outro romance; e ainda mais: a linguagem é a lupa mágica que traz leitores e autores mais próximos da jornada solitária dos personagens. É na poesia e expressão dessas narrativas que os leitores descobrem o “espírito” da criação.
Cem anos após a publicação de Ulisses em 1922, a ideia de bani-lo pode parecer absurda. Mas com os textos literários sendo censurados em muitas partes do mundo , os argumentos em defesa da liberdade de expressão continuam a mobilizar reivindicações sobre o status e o poder particulares da literatura.
Comece pelo capítulo quatro!
“Voltando os olhos para o Brasil sem dar as costas para o mundo, em uma explícita postura de redescoberta e refundação da nação, os modernistas, cem anos depois, tal qual Dom Pedro I, promoviam uma espécie de ‘fico cultural’, ao repetirem a opção pelo Brasil em face da Europa”, escreve Antonio Carlos Bigonha.