O secretário de Habitação da Prefeitura de São Paulo, Fernando Chucre, disse que em até 30 dias será oferecida uma solução de moradia definitiva para as famílias vítimas do prédio Wilton Paes de Almeida, que desabou na madrugada da última terça-feira (1), no centro da capital paulista. O compromisso foi empenhado nesta quinta-feira (3), durante reunião com deputados federais integrantes das comissões de Desenvolvimento Urbano (CDU) e de Direitos Humanos (CDH).
A luta por moradia popular poderia avançar no Brasil, se leis como as que prevêem o IPTU progressivo, a função social da propriedade e o Estatuto da Cidade fossem cumpridas na prática. A afirmação é de Antonio Pedro de Sousa, o Tonhão, diretor da Federação das Associações Comunitárias do Estado de São Paulo (Facesp), que foi ouvido nesta quarta-feira (2) pelo Portal Vermelho.
Por Railídia Carvalho
A tragédia ocorrida no dia 01 de maio no centro de São Paulo exprime, infelizmente, de forma bastante nua os níveis de desigualdade e de injustiça tão cruéis que caracterizam a sociedade brasileira. A forma como os grandes meios de comunicação e alguns dos principais líderes da direita abordaram o assunto não nos oferece nada mais do que raiva, nojo e asco.
Por Paulo Kliass*
Ex-prefeito João Doria chegou a dizer que prédio que desabou era ocupado por "facção criminosa". Já o governador Márcio França disse que pessoas que morar em ocupações é "procurar encrenca".
O incêndio e o desabamento de um edifício da União localizado no centro de São Paulo, ocupado por famílias de baixa renda, revela problemas que os arquitetos e urbanistas e movimentos de moradia denunciam há décadas: a falta de assistência técnica pública e de orientação correta para a destinação dos imóveis da União.
Por Maurilio Chiaretti*
“As ocupações não são uma escolha, mas a única opção para milhares de famílias, diante da grave crise que assola o país e da falta de políticas públicas de habitação”, afirma nota divulgada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em solidariedade às famílias do prédio que desmoronou após um incêndio nesta terça-feira, 1º de maio, no centro de São Paulo.
O prédio de 26 andares em São Paulo que incendiou na madrugada desta terça-feira (1º) era ocupado por cerca de 50 famílias que lutavam por moradia. O edifício, que ficava na Avenida Rio Branco, na região do Largo do Paissandu, era um dos mais de 133 imóveis ocupados por sem-teto em toda a cidade de São Paulo.
A deputada Isaura Lemos (PCdoB) comandou reunião do Movimento de Luta pela Casa Própria (MLCP) em Bela Visa, dia 3, ao lado de dirigentes do partido em Goiás, militantes e lideranças políticas municipais. O evento reuniu mais de quinhentas pessoas, dentre elas, famílias que há anos reivindicam o direito à moradia e buscam o apoio do Estado para terem uma vida digna.
Reportagem publicada neste domingo (14), no jornal O Estado de S. Paulo, aponta que o governo de Michel Temer não cumpriu a primeira meta do seu governo para o Minha Casa, Minha Vida no ano de 2017. Antes, o governo havia se comprometido a construir apenas 23 mil moradias destinadas a famílias que ganham até R$ 1,8 mil – o que representa apenas 13,5% da meta de 170 mil.
O presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou hoje que nada deterá o programa de moradia que executa a revolução Bolivariana.
Manifestações também repudiam planos de privatização dos bancos públicos. É aguardada uma reunião com o relator da lei orçamentária de 2018. A União Nacional por Moradia ocupou Ministério das Cidades, em Brasília e a Secretaria Geral da Presidência, em São Paulo.
Artistas divulgaram um vídeo com mensagens de apoio às 7 mil famílias da Ocupação Povo Sem Medo, de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, que lutam por moradia digna. O movimento completa um mês neste domingo (1º de outubro).