A virada do eleitor americano contra Donald Trump, a vitória no plebiscito por uma nova constituição no Chile e o triunfo de Luiz Arce à Presidência da Bolívia são as boas notícias do último período após um entretempo de ofensiva neoliberal, fascista e golpista sobre governos progressistas latino-americanos. Este foi o clima do debate nesta quinta (29) na live “A luta pela democracia na América: eleições na Bolívia e nos Estados Unidos e o Plebiscito do Chile”.
Rafael Duarte Villa, professor associado do Departamento de Ciência Política da FFLCH/USP e do Instituto de Relações Internacionais (IRI/USP) publicou o artigo “Eleições nos EUA: entre continuidades e mudanças pontuais para a América Latina”, no Jornal da USP, analisando o cenário para a América Latina em caso de vitória de Joe Biden nas eleições americanas.
Alexandre Figueiredo, pós-doutorando em Economia pela USP, analisa o futuro da ONU diante da crise do multilateralismo instalada pelos EUA, ao esvaziar instituições essenciais para a colaboração entre os países
O discurso do presidente representa mais um passo — um dos últimos — à beira do abismo do repúdio internacional ao país. E ele vai incomodar de verdade quando sair do declaratório dos organismos internacionais e bater mais fortemente no bolso brasileiro.
A China deseja que a próxima cúpula do G20 em Osaka, Japão, envie um forte sinal de apoio ao multilateralismo e de oposição ao unilateralismo, declarou na terça-feira um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores. Segundo reportagens, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Mundial do Comércio (OMC) emitiram seus relatórios na segunda-feira, expressando apreensão sobre o atual panorama econômico global.
Ao se reunir com o secretário-geral da ONU, António Guterres, durante a cúpula do Grupo dos Vinte (G20) em Buenos Aires, Argentina, o presidente chinês Xi Jinping afirmou que a China sempre acreditou que o multilateralismo é o único caminho que melhor atende aos interesses das pessoas de todos os países.
"Os chineses se propõem como protagonistas da construção de uma “comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade”, com mais países, mais regiões e organizações participando de um mundo melhor, com novos níveis de desenvolvimento político e econômico e social neste início do século XXI".
Por Pedro Oliveira*
Desde segunda-feira (24), quando teve início a Assembléia Geral da ONU, refugiados, mudanças climáticas e o multilateralismo foram temas que ganharam destaque