O senhor Jair Bolsonaro, ao contrário dos demais chefes de estado, está fazendo tudo para sabotar as medidas de proteção social em nome de uma suposta defesa da economia e dos empregos.
Bolsonaro e Paulo Guedes insistem na imposição de receitas depressivas, antipopulares, antinacionais e antidemocráticas
O embuste globalizante e o discurso do Estado Mínimo caem por terra nesse momento dramático.
Instalou-se a ideia de que “nada poderá voltar a ser como antes”. Alguns pensadores são demasiado otimistas, porque nenhuma pandemia pode constituir um fator de transformação radical da sociedade. O que virá depois depois de um abalo capitalista não depende de nenhuma especulação filosófica, depende – como afirmou Lênin – da existência, ou não, «de forças sociais e políticas que o façam cair».
Na vida e na política – a distinção é meramente didática uma vez que a política é parte da vida em sociedade, independente da vontade e da opinião de quem quer que seja – a gente vivencia mudanças impostas pelo movimento real, pela dialética, que proporciona movimento e transformação, resultantes das contradições entre forças opostas unidas no mesmo fenômeno.
Em meio à distopia e à grande crise que se instalou, surge a necessidade de solidariedade e coragem de agir de forma correta, inclusive aceitando o isolamento social, mas não o isolamento da esperança
Temas como a importância do estado, o direito à saúde, a segurança alimentar e a violência doméstica foram postos a nu com a epidemia de Covid-19. O evento mundial que ocorrerá em janeiro de 2021 no México sempre foi um contraponto à ordem neoliberal.
Sua má vontade com a situação é explícita – o governo já deveria ter tomando providência para resolver o impasse. Nem a situação dramática do país foi capaz de demover o ministro de suas convicções.
Diante da crise provocada pela pandemia do novo Coronavírus, alguns governantes de plantão, chamados a resolver o problema, ainda não mostraram a que vieram.
A história das crises econômicas e cíclica: seja da Depressão de 1929, seja nas crises econômicas posteriores, somente o estado acudiu as nações, em qualquer país do mundo.
Pacote anunciado por Paulo Guedes “é muito pequeno para o tamanho da confusão”, afirma economista em entrevista.
Os economistas ortodoxos “confundem as coisas da lógica com a lógica das coisas”, já advertia Pierre Bourdieu