As polêmicas envolvendo o candidato Jair Bolsonaro (PSL) não cessam. Apesar de sua ausência nos debates e um discurso mais ponderado, suas falas continuam inflamando eleitores que transformam o discurso de ódio do candidato em ação. Para o cientista político, Pedro Fassoni Arruda, Bolsonaro é um perigo para a democracia por explorar com habilidade os ressentimentos da população diante de uma crise, levando muitos a acreditarem que a solução mais fácil é o emprego da força.
Por Verônica Lugarini
Na útlima segunda-feira (8), uma médica do Rio Grande do Norte, que trabalha em um hospital público de Natal, rasgou a receita que havia acabado de fazer para um paciente idoso, após ele responder que votou em Fernando Haddad para a Presidência.
Na última segunda-feira (08), uma jovem, de 19 anos, foi agredida por usar camiseta com os dizeres #EleNão. Enquanto dois homens a seguravam, outro fazia uma suástica em seu corpo com canivete.
Na noite desta terça (9), um estudante da Universidade Federal do Paraná que usava um boné do MST foi violentamente atacado por um grupo da torcida da Império, do Coritiba. Aos gritos de “Aqui é Bolsonaro”, o grupo de cerca de 15 pessoas vestidas com a camisa do time espancou o rapaz que estava em frente à Casa da Estudante Universitária (CEUC). Houve depredação no local e também foram quebrados vidros da biblioteca da universidade.
O mestre de capoeira Moa do Katende foi morto com 12 facadas nas costas na madrugada desta segunda (8) por expressar publicamente o seu voto no candidato do PT, Fernando Haddad.
O candidato a deputado estadual pelo partido de Jair Bolsonaro (PSL) e ex-candidato a vice-prefeito do Rio, na chapa de Flávio Bolsonaro, Rodrigo Amorim publicaram uma foto quebrando ao meio uma placa onde se lia Rua Marielle Franco, em homenagem a vereadora assassinada este ano. A imagem causou indignação nas redes sociais.
Por Verônica Lugarini
Em nota pública divulgada nesta segunda-feira (10), a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, órgão do MPF (Ministério Público Federal), condenou o ataque ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) e destacou que a conduta "se soma à espiral de discursos de ódio e de violência nas discussões políticas no país".
"Um cara que prega o ódio recebeu uma resposta de ódio", lamentou, ao Brasil de Fato, a psicanalista Maria Rita Kehl em referência ao ataque a faca contra o candidato a presidente pelo PSL, Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (6) em Juiz de Fora (MG), durante um ato de campanha em um centro comercial da cidade.
"O golpe promovido pelos capitalistas paulistas e afiançado pelo Poder Judiciário trouxe para as ruas o antigo e perigoso ódio de classes, o estopim das mudanças radicais que aconteceram em todas as sociedades. Mais uma vez a classe média, ou a velha e perdulária pequena burguesia, é o canal de propagação desse ódio”.
Por Fernando Costa*
Insuflando pelo ambiente de ódio nas redes, o blogueiro Fábio Cotrim destilou termos misóginos e vulgares contra a presidente nacional do PT e senadora Gleisi Hoffmann. Ela recorreu à justiça e ele foi obrigado a se retratar nesta segunda-feira (7) nas redes sociais.
Conheci dom Angélico Bernardino Sândalo quando eu era repórter no Estadão e escrevia sobre religião. Ele me chamava de ‘irmão’. Não era uma exclusividade. Todo mundo é ‘irmão’ de d. Angélico. Até pessoas das quais não gosta. Nunca perguntei o motivo desse tratamento. Imagino que seja para lembrar que somos todos filhos de um mesmo pai.
Por Roldão Arruda*
Um padre é hostilizado e chamado de filho da puta no meio da missa por dois homens no Rio. Cometeu o “desatino” de dizer que Marielle, assim como Jesus, foi assassinada precocemente, mas que a luta dos que tentam melhorar a sociedade continua e dá frutos.
Por Ricardo Cappelli*