O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, criticou de forma dura, nesta sexta (4), a atuação do juiz Sérgio Moro, que determinou a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar depoimento. Classificando a ação, que integra a 24 ª fase da Operação Lava Jato, como um “ato de força”, ele afirmou que “atropelar as regras” só gera “instabilidade”.
O jurista e professor titular da Faculdade de Direito da USP, Gilberto Bercovici, disse, nesta sexta (4), que ocorreu claro “abuso” na condução da 24ª fase de Operação Lava Jato. Ao analisar o atual momento do país, ele afirmou que há “um desrespeito pleno, completo e absoluto” a todas as garantias constitucionais. “A Constituição de 1988 não vigora mais”, declarou. E defendeu que apenas a mobilização popular pode barrar um retrocesso em conquistas democráticas e sociais.
Por Joana Rozowykwiat
Os advogados Pedro Serrano e Alberto Zacharias Toron, que têm clientes envolvidos na Operação Lava Jato, fizeram há pouco sérias críticas à forma de condução da operação em si e desta 24ª fase, deflagrada nesta sexta (4).
O economista Luiz Carlos Bresser-Pereira, ex-ministro dos governos José Sarney e Fernando Henrique Cardoso, fundador do PSDB, usou, nesta sexta, a sua página no Facebook para condenar a ação da Polícia Federal contra o ex-presdiente Luiz Inácio Lula da Silva. "Definitivamente, está havendo abuso de direito", escreveu.
“Um abuso manifesto”. Foi assim que o renomado jurista Fábio Konder Comparato classificou a ação da Polícia Federal, nesta 24ª fase da Operação Lava Jato, que tem como principal alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Comparato criticou o mandato de condução coercitiva do ex-presidente e lamentou: “O Estado de Direito está em frangalhos”.
Em coletiva de imprensa, apesar de questionados, os representantes da força-tarefa da 24ª fase da Operação Lava Jato não conseguiram apontar as provas que teriam contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento nesta sexta-feira (3), evidenciando que se trata de mais um espetáculo midiático.
Por Dayane Santos
O dia de pouca movimentação no Congresso não impediu a forte repercussão, entre os parlamentares, da ação da Polícia Federal, na Operação Lava Jato, que incluiu a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar depoimento. O vice-líder do PT, Carlos Zarattini (SP), considerou a condução coercitiva de Lula como autoritária e desnecessária, já que, segundo o parlamentar, o ex-presidente nunca se negou a prestar depoimento.
Em nota divulgada na manhã desta sexta-feira (4), o Instituto Lula afirma que a 24ª fase da Operação Lava Jato, que tem como alvo principal o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, “desrespeita o Supremo e compromete sua credibilidade”. Segundo o texto, a ação da Polícia Federal foi “arbitrária, ilegal e injustificável”.
Como apontou o jornalista Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, na última sexta-feira (26), foi deflagrada a 24ª da Operação Lava Jato com mandato de condução coercitiva contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e de membros de sua família. O Instituto Lula e seu presidente, Paulo Okamoto, também são alvos da operação.
Em nota, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) afirmou nesta quinta-feira (3) que não confirma o conteúdo da reportagem publicada na edição desta semana da revista IstoÉ, que traz um suposto depoimento que ele prestou à Procuradoria-Geral da República (PGR).
O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou nesta quinta-feira (3) a aceitação da denúncia contra o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e, pela primeira vez, um presidente da Câmara responde a uma ação no STF.
Após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que transformou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em réu na Lava Jato, mais uma vez a mídia golpista forja uma capa “bomba”. A revista IstoÉ seguiu o repertório mentiroso da Veja nas eleições de 2014 e adiantou a edição, que normalmente circula aos sábados, para esta quinta (3), com matéria que insufla o golpe contra a democracia.
Por Dayane Santos