Após 51 dias de ataques israelenses contra Gaza, por mar, ar e terra, Israel foi obrigado a parar com o massacre contra os palestinos.
Por Abdel Latif
Com o anúncio de um cessar-fogo, que deverá abrir o caminho para negociações mais abrangentes em um mês, a liderança palestina comemora o fim da ofensiva israelense, que matou quase 2.200 pessoas na Faixa de Gaza em mais de 50 dias de bombardeios. Embora a notícia seja avaliada com cautela devido à completa falta de compromisso de Israel com a diplomacia e ao seu empenho na ocupação da Palestina, alguns pontos precisam ser destacados.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
O Líder Supremo da Revolução Islâmica no Irã, o aiatolá Ali Khamenei, saudou hoje a trégua em Gaza como uma vitória para a resistência do povo palestino, uma posição também aplaudida pelo Governo e pelo Parlamento.
O presidente do Estado da Palestina, Mahmoud Abbas, pediu, nesta terça-feira (26) à comunidade internacional para enviar ajuda humanitária urgente aos moradores de Gaza afetados pela ofensiva do regime israelense.
Os palestinos anunciaram, nesta terça-feira (26) que chegaram a um acordo sobre um cessar-fogo duradouro com o regime israelense na Faixa de Gaza. As negociações de paz vêm sendo conduzidas no Egito.
Mais de um quarto da população da Faixa de Gaza fugiu de casa devido aos ataques do regime israelense que começaram há 50 dias, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Cinco pessoas da mesma família, incluindo duas mulheres e duas crianças, morreram num ataque aéreo israelense a uma casa no centro da Faixa de Gaza, informaram neste sábado (23) fontes médicas locais.
Em coletiva de imprensa na manhã deste sábado (23), no Cairo, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse que continuará apostando nas negociações mediadas pelo Egito.
O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu garantiu que a ofensiva contra Gaza continua. Uma série de ataques aéreos conduzia os chamados “assassinatos seletivos” de líderes do Hamas, matando inclusive civis e crianças, na quinta-feira (21), após Netanyahu definir a segurança de Israel como objetivo da “operação” de 44 dias de bombardeios preenchidos por crimes de guerra. O direito internacional, por outro lado, arrisca tornar-se novamente retórico.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
Os palestinos não aceitarão nada menos do que o fim do bloqueio israelense na Faixa de Gaza, afirma em um comunicado o vice-chefe da liderança política do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Ismael Hanie.
Nesta quinta-feira (21), o regime israelense decidiu chamar mais 10 mil reservistas do exército para dar mais força aos militares que já estão em campo e seguir a sua ofensiva contra a Faixa de Gaza.
No dia 9 de agosto, o palestino refugiado no Brasil, Hassan Rabea, enviou uma carta para a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff. No texto, o agora morador de Nova Lima, em Minas Gerais, agradece a líder brasileira pelo apoio que tem demonstrado a Palestina e a receptividade com que o país tem recebido estrangeiros que buscam abrigo.