O embaixador uruguaio Enrique Ribeiro viaja nsta sexta-feira (8) a Ramallah, na Cisjordânia, para abrir a nova sede diplomática, em sinal de fortalecimento dos laços entre ambos os países. O chanceler Luís Almagro confirmou a urgente ida de Ribeiro a Ramallah, depois de ter cumprido todos os trâmites parlamentares de rigor.
O presidente da Confederação Israelita do Brasil, Claudio Lottenberg, publicou nesta Folha um artigo instigante. O título embute uma premissa fundamental: "Antissionismo é antissemitismo". Trata-se de conveniente cláusula para interdição do debate: não seria possível confrontar as ideias de Theodore Herzl sem se confundir com os que levaram seis milhões de judeus ao extermínio.
Por Breno Altman*
O fim de uma “trégua” de três dias, na manhã desta sexta-feira (8), é marcado por mais ataques aéreos de Israel à Faixa de Gaza, com a morte de uma criança de 10 anos. Embora as tropas em terra e os tanques tenham sido retirados, os bombardeios foram retomados sob o pretexto de foguetes terem sido lançados – e interceptados – de Gaza a Israel. As negociações para um “cessar-fogo” prolongado fracassaram, já que o governo israelense propunha, fundamentalmente, a rendição dos palestinos.
Gideon Levy integra a comissão editorial do importante jornal israelense Haaretz (A Terra). Não se trata do diário local mais lido, mas sim do mais antigo, fundado em 1918, três décadas antes do próprio Estado de Israel. Levy tem sido ameaçado por suas opiniões contrárias ao massacre dos palestinos. Não pelo governo ou pelo Exército – afirma, em entrevista ao Vermelho – mas pelos próprios israelenses que garantem apoio a mais uma ofensiva contra Gaza.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pediu a parlamentares dos Estados Unidos que ajudem Israel a rebater as acusações de crimes de guerra durante a operação de um mês em Gaza, relatou o New York Post, nesta quarta-feira (6).
A sina das palavras mais generosas é a promiscuidade. Até os interesses mais perniciosos buscam se camuflar com discursos pela justiça, a democracia e a paz.
Por Breno Altman*, em Opera Mundi
A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) divulgou um novo relatório, nesta quarta-feira (6), sobre os resultados da ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza. No mesmo dia, o representante palestino na Organização das Nações Unidas, Riyad Mansour, instou o Conselho de Segurança a adotar uma resolução sobre o massacre dos palestinos. Em menos de um mês de bombardeios, a OLP estima que 1.875 pessoas foram mortas – cerca de 400 são crianças – e 9.567 feridas.
O parlamentar conservador britânico Andrew Mitchell disse, nesta quarta-feira (6), que um embargo de armas deveria ser imposto a Israel devido ao massacre dos palestinos na Faixa de Gaza. Mitchell, que foi secretário para desenvolvimento internacional, também condenou os repetidos ataques das forças israelenses contra escolas das Nações Unidas no território. No início da semana, a Espanha, um grande parceiro comercial de Israel no setor militar, anunciou a suspensão da venda de armas ao país.
O comitê forjado pela Chancelaria, o Ministério da Defesa e a Advocacia Geral Militar do Exército de Israel escalou o premiê Benjamin Netanyahu na campanha para rebater as denúncias de crimes de guerra, perpetrados em quase um mês de bombardeios contra a Faixa de Gaza. Netanyahu deu declarações à imprensa estrangeira nesta quarta-feira (6) dizendo "lamentar" a morte de civis palestinos, cerca de 80% das quase 1.900 vítimas fatais da sua ofensiva.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
O protesto contra a impunidade dos sucessivos governos israelenses e a inação diante da repetição de massacres, despojo e expulsão dos palestinos levou redes populares a criarem suas alternativas para o julgamento dos responsáveis por crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Um exemplo é o Tribunal Russel, ativo desde a década de 1960, mas alternativas populares, como a rede recém-criada na Bolívia, têm tomado força, sobretudo no último período, com a ofensiva contra a Faixa de Gaza.
Faz tempo que as forças da direita e extrema-direita em Israel, hoje amplamente majoritárias, e as entidades do "establishment" judaicos em todo o mundo, tentam criar a matriz de opinião de que o antissionismo é a outra ou a nova face do antissemitismo. Este argumento, produzido com o objetivo de criar a ilusão da verdade, é inconsistente, incorreto e deliberadamente enganoso.
Por Max Altman*
A ofensiva israelense na Faixa de Gaza já matou mais de 1.800 palestinos, em sua maioria civis, em um mês de conflito, além de provocar o deslocamento de 520 mil pessoas, que abandonaram seus lares na tentativa de escapar ao massacre. A operação militar, desencadeada a pretexto do sequestro e assassinato de três jovens israelenses – ação condenada pela Autoridade Nacional Palestina e até agora não esclarecida –, tem provocado diferentes reações na comunidade internacional.
Por Claudio Daniel*