Depois de o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu ameaçar demitir a ministra da Justiça Tzipi Livni da coalizão governamental, como reprimenda pela reunião com o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, na semana passada, o governo palestino de unidade toma corpo, com base no recente acordo de reconciliação nacional. Uma fonte da AP citada pela agência Ma’an, nesta quinta-feira (22), informou que o atual primeiro-ministro Rami Hamdallah chefiará o governo transitório.
A Organização das Nações Unidas (ONU) instou Israel, nesta terça-feira (20), a investigar as mortes de dois jovens palestinos durante as manifestações no Dia da Nakba (“catástrofe”, em árabe), na quinta (15). A organização israelense B’Tselem fez o mesmo apelo, mas o chanceler de Israel, Avigdor Lieberman disse rejeitar a “exigência de investigação”, nesta quarta (21). O vídeo da ação das forças israelenses tem circulado pela mídia.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Tzipi Livni, ministra da Justiça e chefe da equipe israelense nas negociações com a Palestina, disse nesta segunda-feira (19) que o seu partido, Hatnuah (“O Movimento”), apoia o fim do conflito e a volta à diplomacia. Entretanto, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou a ministra por seu encontro com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, em Londres, na sexta-feira (16), de acordo com o jornal israelense Jerusalem Post.
Organizações solidárias à causa palestina convocaram um dia internacional de greve de fome, nesta segunda-feira (19), em apoio aos prisioneiros palestinos encarcerados segundo a “detenção administrativa”, um dispositivo jurídico criado em Israel para permitir a prisão de “suspeitos” por períodos renováveis de seis meses, sem contato com a defesa e sem julgamento. A advogada Shireen Issawi também aderiu à greve após ser informada de que seu julgamento seria adiado por nove meses.
O presidente venezuelano Nicolás Maduro prometeu enviar petróleo e diesel à Palestina como parte dos acordos assinados com o presidente Mahmoud Abbas, que visita a Caracas. A Venezuela possui a maior reserva petrolífera do mundo e deve enviar, inicialmente, 240 mil barris à Palestina. No sábado (17), os presidentes também assinaram um documento para evitar a dupla taxação nas trocas comerciais. Abbas iniciou a visita de três dias ao país latino-americano nesta sexta-feira (16).
Todos os partidos políticos palestinos têm se envolvido nas conversações para a formação de um governo de unidade nacional, de acordo com declarações do Partido Popular Palestino (PPP), comunista, nesta sexta-feira (16). O secretário-geral Bassam al-Salihi disse à agência palestina de notícias Ma’an que as reuniões “não estão restritas ao Hamas e ao Fatah”, em referência ao partido que governa a Faixa de Gaza e ao que lidera a Autoridade Nacional Palestina (ANP), na Cisjordânia.
Sindicalistas e militantes de movimentos sociais manifestaram solidariedade aos trabalhadores palestinos, na manhã desta quinta-feira (15). A vigília aconteceu em frente a empresa AEL/Sistemas, de Porto Alegre. A CUT-RS e demais entidades se manifestaram "contra a ocupação e apartheid israelense, que conta com inúmeros apoiadores e patrocinadores ao redor do mundo".
A Palestina reconheceu o direito do Estado israelense de existir em 1988. Entretanto, desde a sua criação, em 1948, Israel ainda não reconheceu o Estado da Palestina. Nos 66 anos desde a Nakba, ou “Catástrofe”, os palestinos lembram seus mortos e refugiados, o exílio e a ocupação israelense dos seus territórios, “embora apenas uma palavra não possa começar a explicá-la, nem um único dia possa começar a honrá-la,” escreve Saeb Erekat, chefe da equipe diplomática palestina nos diálogos com Israel.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu o título de Doutor Honoris Causa na Universidade de Tel-Aviv, em Israel, nesta quinta-feira (15). No mesmo dia em que os palestinos marcam os 66 anos da Nakba (“Catástrofe”), em referência aos massacres e ao exílio resultantes da atuação dos grupos sionistas para a criação de Israel e à continuidade da ocupação militar sobre a Palestina, FHC discursou sobre uma sociedade israelense “aberta e democrática.”==
Os palestinos marcam, nesta quinta-feira (15), o Dia da Nakba, a Catástrofe. São 66 anos desde a criação do Estado de Israel, baseado na ideologia colonialista, fundada sobre um nacionalismo religioso artificial que forçou centenas de milhares de árabes ao exílio e à morte, inaugurando um longo período de ocupação militar e opressão. O Portal Vermelho conversou sobre a Nakba com representantes palestinos e do movimento judeu contra o sionismo.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
O presidente palestino Mahmoud Abbas deve reunir-se com o secretário de Estado dos EUA John Kerry, nesta quarta-feira (14), em Londres, para discutir o futuro do chamado “processo de paz”, segundo uma fonte oficial citada pela agência palestina de notícias Ma’an. As negociações entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP), que deveriam ter durado nove meses, terminaram, em impasse, em 29 de abril.
Ehud Olmert, ex-primeiro-ministro de Israel (2006-2009), tem mais pelo que responder além dos crimes de guerra cometidos durante a operação militar Chumbo Fundido contra a Faixa de Gaza (no fim de 2008 e início de 2009) e durante a Guerra contra o Líbano, em julho de 2006. Olmert acaba de ser sentenciado, nesta terça-feira (13), a cumprir seis anos de prisão pelos escândalos de corrupção em que esteve envolvido.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho