Existem hoje 6,2 milhões de óbitos relatados oficialmente. A especialista alerta para o cenário de variantes mais e menos perigosas que pode surgir no futuro, demandando campanhas permanentes de imunização.
Pela primeira vez desde a segunda semana de fevereiro, o cenário começa a apresentar alta de óbitos na maioria dos estados brasileiros. A baixa procura pelas vacinas, devido a uma falsa sensação de fim da pandemia, pode estar favorecendo a piora nos índices.
A decretação do fim da Emergência Sanitária da covid-19 é uma decisão política, sem base científica, na linha da falsa dicotomia entre saúde pública e economia. Afinal, 2022 é ano eleitoral.
Desde ontem, o gráfico vem saindo do perfil de queda para estabilidade de número de mortes, com média móvel de 105 óbitos diários.
Quebra de patentes de remédios representa importante passo para o acesso à saúde pública, na avaliação do médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto, e do professor Calixto Salomão Filho.
Jesem Orellana diz que falsa sensação de fim da pandemia explica queda de 17% da vacinação no Amazonas. Imunização precisa continuar para manter baixos índices de mortes.
Levantamento que analisou dados de 203 municipalidades mostra que fatores como renda per capita mais alta e maior expectativa de vida estão associados a taxa de mortalidade menor. Para pesquisador, resultados atestam como decisões políticas anteriores, em diversos campos, afetaram capacidade de resposta das cidades à pandemia.
País tem 30,3 milhões de casos e 662 mil mortes
Presidente da Fiocruz, Nísia Trindade disse que a pandemia deixa como aprendizado a necessidade de descentralizar os centros de produção de vacinas, além de reforçar o multilateralismo.
Entidades pedem 90 dias para vigência da portaria para que estados e municípios tenham tempo para se preparar.
Em 24 horas, foram confirmados mais 14.131 novos casos de covid-19. Em seu pior momento, a média móvel superou a marca de 188 mil casos conhecidos diários, no final de janeiro.
Especialistas em saúde pública criticam “inconsequência” e falta de base científica para a postura do Ministério da Saúde em relação ao atual cenário da pandemia. Todos acusam “medida eleitoreira”.