O Paquistão apareceu em 12º lugar numa lista de estados fracassados em todo o mundo, segundo novo relatório preparado pelo Fund for Peace, ONG de pesquisa e educação que trabalha para prevenir conflitos violentos e promover segurança sustentável em todo o mundo.
Por Malik Ayub Sumbal, no Asia Times Online
Irrompeu uma guerra entre a CIA e o ISI, serviço secreto do Paquistão. A CIA disparou o primeiro tiro, ao plantar no New York Times uma matéria “exclusiva” (14 de junho), segundo a qual o ISI identificou e capturou os informantes que deram à CIA a localização da casa de Osama bin Laden em Abbottabad.
Por M K Bhadrakumar, no Indian Punchline
Um ataque com avião não-tripulado dos Estados Unidos matou nesta quarta-feira (8) ao menos oito pessoas na região do Waziristão, reduto do grupo islâmico Talibã no Paquistão. O número de mortes pode ser maior e a emissora de TV paquistanesa Express fala em ao menos 19 vítimas, todas supostos militantes do Talibã.
A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, chegou nesta sexta-feira à Islamabad para uma visita surpresa ao Paquistão, no momento em que a relação bilateral está abalada pela operação de comandos dos Estados Unidos para matar Osama bin Laden no território paquistanês.
O assassinato de Obama bin Laden por um comando norte-americano no Paquistão levou muitos setores sociais deste país a cobrar do governo que não aceite assistência estrangeira e supere sua condição de “mercenário de Washington”.
Por Zofeen Ebrahim , na agência IPS
Soldados paquistaneses e a tripulação de um helicóptero da Otan, que invadiu o território do Paquistão, trocaram tiros na última terça-feira (17). No conflito, dois soldados morreram e outros cinco ficaram feridos, segundo autoridades locais. A aeronave da Otan retornou acompanhada de helicópteros antes de atirar contra um posto militar no norte do Waziristão.
A defesa que o primeiro-ministro do Paquistão, Yousaf Raza Gilani, fez dos serviços de inteligência de seu país (ISI) diante das acusações de ter protegido Osama bin Laden foi mais débil do que muitos esperavam.
Por Ashfaq Yusufzai, na agência IPS
Se a Al-Qaeda, como muitos estudos indicam, não constitui uma organização extensa e nem mesmo possui vínculos diretos com grupos islâmicos ao redor do mundo; se a Al-Qaeda, ao que tudo indica, está mesmo enfraquecida, por que a morte de Bin Laden ainda reverbera, fazendo com que grupos, como o Talibã, possuam ainda mais motivações em sua luta? O caso do Talibã é fundamental para compreendermos isto.
Por Reginaldo Nasser e Marina Mattar Nasser, em Carta Maior
O embaixador brasileiro no Paquistão, Alfredo Leoni, avalia que a operação dos Estados Unidos que capturou e matou Osama Bin Laden pode dar início a um atrito entre os dois países. O governo do presidente Asif Ali Zardari é aliado dos norte-americanos, mas o embaixador relata embates políticos que podem dificultar as relações.
A primeira reação de grande parte da população americana diante da notícia da morte de Osama Bin Laden, o rosto mais famoso do terrorismo internacional, foi sair às ruas para comemorar a derrota de seu inimigo. No entanto, a operação contra o terrorista saudita foi um assassinato sumário e como tal não deveria ser comemorado, de acordo com a análise da historiadora Maria Aparecida de Aquino.
O presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, negou nesta terça-feira (3) que as autoridades soubessem que o líder e fundador da Al Qaeda, Osama bin Laden, estivesse vivendo no país. Segundo ele, o Paquistão “nunca foi nem nunca será o foco do fanatismo que é muitas vezes descrito pela mídia". De acordo com Zardari, o Paquistão é “talvez a maior vítima mundial do terrorismo”.
Os ataques dos aviões não tripulados dos Estados Unidos em 2010 causaram 957 mortes e ferimentos a 383 pessoas no paquistão, segundo relatório publicado nesta quinta-feira (14) pela Comissão de Direitos Humanos do Paquistão.