Em virtude de uma queixa registrada por um juiz, a Argentina pediu ao Paraguai que informe a eventual abertura de processos penais por crimes contra a humanidade dos responsáveis identificados na ditadura de Alfredo Stroessner.
O presidente paraguaio, Horacio Cartes, vetou na quarta-feira (16)o acordo parlamentar que estabelecia um imposto de 20% à exportação de grãos em estado natural. Mediante decreto, Cartes anulou o projeto de lei aprovado pelo Congresso, que era bombardeado pelos grandes agroexportadores e reivindicado por organizações camponesas e populares. Com o veto o projeto foi devolvido ao Congresso.
Organizações internacionais afirmaram nesta terça-feira (15) que o Paraguai é o país sul-americano que mais retrocedeu na luta contra a fome durante os últimos anos. A informação divulgada na capital, Assunção, mostra os resultados de uma investigação realizada em forma conjunta pelo estadunidense Instituto Internacional de Investigação sobre Políticas Alimentícias e a ONG Concern Worldwide, irlandesa e a Welthungerhilfe, alemã.
A nomeação de embaixadores se constitui no próximo passo no caminho da já evidente normalização das relações entre Paraguai e Venezuela, segundo asseguraram a Prensa Latina fontes diplomáticas paraguaias.
O Mecanismo Nacional de Prevenção da Totura (MNP), instituição paraguaia responsável por prevenir e realizar recomendações com relação à tortura e aos maus-tratos, apresentou um relatório sobre as condições gerais dos presos de Tacumbu, maior centro de reclusão do país e no qual vivem cerca de 4 mil presos, que representam 46% da população penal do país. O documento denuncia que o Estado não cumpre com a obrigação de zelar por uma melhor qualidade de vida das pessoas que estão sob sua custódia.
Por nascimento, a relação com o Paraguai sempre foi forte em minha vida, uma relação familiar e também de fronteira entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este. Desde nova o fascínio pela cultura, língua e povo sempre me moveram, nas manhãs em família com reviro e mate cozido, nas tardes de cine no canal paraguaio e as noites de história sobre a família, tudo sempre me aproximou deste país que tanto amo, algo muito forte, uma relação de Pátria Grande.
Por Maiara Oliveira*, especial para o Chipa e Café
Durante audiência preliminar realizada na manhã de quarta-feira (9) a juíza Janine Ríos mandou a julgamento público e oral 12 presos políticos do Massacre de Curuguaty, ocorrido em 15 de junho de 2012. Três foram liberados pelo Ministério Público e não passarão por este processo. Um dos líderes camponês, Rubens Villalba, afirmou que eles já haviam sido condenados antes mesmo de a audiência pública acontecer.
Por Mariana Serafini, especial para o Vermelho
O chanceler venezuelano, Elias Jaua, informou na quarta-feira (9) que as relações entre a Venezuela e o Paraguai serão totalmente restabelecidas. Ele se reuniu em Assunção, capital paraguaia, com o ministro das Relações Exteriores do país, Eladio Loizaga. As relações estavam rompidas desde o impeachment de Fernando Lugo do cargo de presidente do Paraguai, em julho do ano passado.
No dia 15 de agosto, Horacio Cartes assumiu a presidência do Paraguai, como culminação de um processo que começou com um golpe de Estado institucional sobre Fernando Lugo, no qual o mandatário não teve respeitados o tempo e os mecanismos para um verdadeiro direito a um julgamento pelo Parlamento e que continuou com o governo de Federico Franco, cuja gestão terminou envolta em graves denúncias de corrupção.
Nesta quarta-feira (9), será feito, no Paraguai, uma coletiva de imprensa com personalidades, organizações sociais, cidadãos e religiosos para exigir a anulação do Processo Judicial sobre o Massacre de Curuguaty, que foi utilizado pela oposição paraguaia para desencadear o julgamento político que resultou na destituição do ex-presidente Fernando Lugo e foi considerado pelos países integrantes do Mercosul como uma quebra da democracia no país.
Mais de 1400 quilômetros e 365 dias os separam dos eventos daquele dia, mas quando eles descrevem o que viveram em 15 de junho de 2012 parecem estar de volta à cena do massacre de Curuguaty: as mãos tremem, os olhos se turvam, a voz falha. Sentados em um bar no bairro de San Telmo, em Buenos Aires, os camponeses paraguaios Dani Garcete, de 25 anos, e Héctor Ramírez, de 26, baixam o tom de voz e as palavras ficam mais raras.
Por Sol Amaya, do el Puerco Espín*
No Paraguai, os sindicatos de professores, junto a organizações camponesas, realizam nesta quarta-feira (2) seu segundo dia consecutivo de protestos contra os descontos salariais a educadores e contra uma lei privatizadora de empresas estatais.