Milhares de professores e servidores públicos paranaenses em greve marcaram na sexta-feira (29) o aniversário de um mês do Massacre do Centro Cívico. Eles denunciaram a truculência do governo e a falta de diálogo com o governador Beto Richa (PSDB) e rebatizaram simbolicamente a Praça Nossa Senhora de Salete, em frente à Assembleia, como "Praça 29 de Abril: Menos Bala, Mais Giz".
Alvo de um pedido formal de impeachment apresentado esta semana por juristas do Panará, o governador Beto Richa (PSDB) definitivamente não atravessa um momento bom. Nesta terça-feira (26), a Folha de S. Paulo informa que uma “investigação que cita Richa dá origem a outros dois casos”: um envolvendo uma rede de exploração sexual de jovens de 13 a 17 anos por empresários e servidores do Estado; outro, de fraude em licitação que teria beneficiado o primo de sétimo grau do governador.
Juristas e professores protocolaram nesta segunda-feira (25) um pedido de impeachment contra o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB). O documento, entregue à assembleia legislativa, foi endossado por quase 6 mil assinaturas.
O governador do Paraná, Beto Richa, está no centro de um novo escândalo. Segundo reportagem da jornalista Estelita Hassa Carrazai, auditores fiscais do Paraná, acusados de corrupção, doaram à campanha à reeleição de Richa, em 2014, e foram promovidos.
Ao som de #ForaBetoRicha na Praça de alimentação do principal shopping de Curitiba, os paranaenses externaram seu repúdio ao projeto tucano implementado naquele estado durante toda a propaganda partidária do PSDB, na qual aparece Fernando Henrique Cardoso (FHC) e Aécio Neves. O vídeo abaixo foi divulgado pelo portal Cômicas Políticas.
Por Joanne Mota
O auditor da Receita estadual, Luiz Antônio de Souza, preso em Londrina, afirmou que a campanha de reeleição do governador Beto Richa, do PSDB, recebeu parte da propina de dinheiro desviada dos cofres públicos do Paraná. O auditor fez esta declaração em depoimento ao Ministério Público. Segundo ele, cerca de R$ 2 milhões foram repassados à campanha de Richa.
Na corda bamba desde o dia 29 de abril, informações da imprensa paranaense dão conta que o secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini, pediu demissão do cargo no fim da manhã desta sexta-feira (8).
"O que vimos no Paraná foi um cenário de tragédia e opressão", denunciou o professor Hermes Leão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Paraná (APP-Sindicato), durante audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), ocorrida nesta quarta-feira (6), no Senado.
Por Joanne Mota
Após uma semana do massacre ocorrido no Paraná, cai o secretário de Educação Fernando Xavier Ferreira, já o secretário de Segurança Pública, o deputado federal licenciado Fernando Francischini (SDD), está sendo pressionado para entregar o cargo. Em declaração exclusiva à Rádio Vermelho, Ramon Bentivenha, que presta assessoria jurídica aos professores atacados no Paraná, disse que "a queda é importante, mas ainda não pode ser considerada uma vitória",.
Por Joanne Mota
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado, aprovou, na reunião desta terça-feira (5), por unanimidade, uma moção de repúdio ao tratamento dado pela Polícia Militar do Paraná à manifestação dos professores ocorrida em Curitiba no dia 29 de abril, que resultou em mais de 200 feridos. E a Comissão de Direitos Humanos (CDH) fará uma audiência pública, nesta quarta-feira (6), para discutir o assunto.
O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, disse nesta segunda-feira (4), em entrevista à imprensa, que se ofereceu para mediar o diálogo dos professores com o governo do Paraná. Os docentes estão otimistas com a ajuda, já o estado diz que "não foi procurado" pelo governo federal.
Em declaração ao Portal Vermelho, Ramon Bentivenha, do Coletivo Direito para Todxs, que compõe a assessoria jurídica dos professores atacados no Paraná pelo governo de Beto Richa, informou que a Comissão de Direitos Humanos do Senado convocou o governador tucano e o secretário de Segurança Pública do estado, Fernando Francischini, para explicar a repressão policial contra os professores do Paraná.