O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, se reúne nesta sexta-feira (18) com o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Luís Amado, no Palácio Itamaraty. Durante o encontro, os dois chanceleres vão discutir o incremento do comércio e de investimentos bilaterais, o acordo de associação Mercosul-União Europeia, a superação da crise financeira internacional e a reforma das instituições de governança global.
Com os trabalhadores em greve contra cortes salariais, o metrô de Lisboa amanheceu fechado nesta segunda-feira (7), só voltando ao normal ao meio-dia. Ao longo da semana, ônibus, bondinhos, barcos, trens e correios também serão afetados por paralisações.
O presidente de Portugal, o conservador Aníbal Cavaco Silva, foi reeleito neste domingo (23) com cerca de 53% dos votos . Em segundo lugar ficou o candidato do Partido Socialista, Manuel Alegre, que beirou os 20%. Mais de 53% dos eleitores não compareceram às urnas. O candidato do PCP, Francisco Lopes, ficou em quarto lugar, com mais de 7% dos votos.
Milhares de apoiantes de Francisco Lopes lotaram, domingo, o Campo Pequeno, em Lisboa, demonstrando que no dia 23 é possível construir um resultado que expresse a indignação popular para com o rumo de injustiça social e declínio nacional, e manifeste a exigência de mudança de política.
Durante o ano de 2010, milhões de portugueses enfrentaram a política de direita e defenderam um Portugal de progresso e justiça social que retome o rumo de abril. Muitos fizeram-no pela primeira vez, vencendo o medo, as ameaças e a repressão, integrando a luta num tempo em que a ideologia das classes dominantes propaga a resignação e retoma a retórica do “pensamento único” resumido numa palavra: inevitabilidade.
Das 50 novas medidas anunciadas pelo governo português nas últimas semanas a fixação de um teto máximo para as indenizações por demissão e a criação de um fundo para financiá-las foram das mais criticadas por trabalhadores e sindicalistas. A confederação sindical portuguesa CGTP-IN denuncia o governo por querer "demitir com mais facilidade e com indenizações menores".
O Brasil poderá comprar títulos da dívida pública portuguesa, disse o ministro das Finanças de Portugal, Fernando Teixeira dos Santos, nesta quinta-feira.
Nestes dias, aconteceram na Europa dois fatos de grande repercussão mundial: o estrondoso colapso econômico da Irlanda (que sucede o da Grécia, enquanto Portugal e Espanha estão às portas de outro) e a Cúpula da belicosa Aliança do Atlântico Norte, em Lisboa.
Por Niko Schvarz
A vinda dos principais senhores da guerra a Lisboa para participarem na Cimeira da NATO foi pasto fértil para a dominante mediocridade jornalística portuguesa se esmerar na exibição da sua proverbial paspalhice, como Correia da Fonseca bem ilustra neste seu texto sobre o que foram, em termos informativos, aqueles “dois dias de faz-de-conta”.
Por Correia da Fonseca*
A suspeita existia há anos entre os historiadores e era um dos aspectos obscuros do papel dos Estados Unidos durante a Revolução portuguesa (1974-76). Os Estados Unidos planejavam invadir as ilhas dos Açores, onde hoje têm uma base militar. O Departamento de Defesa tinha planos para ocupar as ilhas se o país escolhesse a via da revolução socialista.
Trabalhadores portugueses realizam nesta quarta-feira (24) uma greve geral organizada pelas duas principais centrais sindicais do país: a Confederação Geral de Trabalhadores de Portugal (CGTP) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT). A greve, que inclui tanto o setor público como o privado, deve durar 24 horas e tem como objetivo protestar contra um pacote de redução do orçamento nacional, que será votado na sexta-feira (26).
Mais de 30 mil pessoas tomaram as ruas durante a reunião da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, também conhecida pela sigla NATO), realizada no último final de semana, em Lisboa. "Paz sim, Otan não", gritavam os ativistas pelo centro da capital portuguesa, promovendo uma campanha de protesto apoiada por 100 organizações pacifistas, sindicatos e partidos de esquerda.