BBC Brasil acompanhou a situação na penitenciária de Pedrinhas, em São Luís, no ano passado, onde houve grande onda de violência
Em discurso pronunciado na ONU nesta semana, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid al Hussein, disse que o Brasil é um dos 40 pontos de preocupação no mundo para a entidade, devido à situação de extrema violência nos presídios do país.
Em 2015 foram publicados os primeiros dados sobre as condições das mulheres nos presídios brasileiros. Das cerca de 579 mil pessoas presas, 37.380 eram mulheres à época do levantamento, porém o aumento de mulheres nas prisões era superior aos dos homens a cada ano. Em entrevista ao portal Uol, a desembargadora da 34ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, Kenarik Boujikian afirmou que a mulher encarcerada é penalizada duplamente: Por estar presa e por ser mulher.
Imagine uma cadeia sem armas, agentes de segurança, violência ou repressão. Um lugar onde os presos, que não são chamados dessa forma, cuidam das chaves. Imagine um prédio ensolarado, pintado de azul celeste, com uma grande horta ao lado de fora e o vento, que traz consigo o cheiro do alecrim. Imagine todas as pessoas juntas à mesa farta, com pratos, talheres, dignidade.
Ex-presidente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária denuncia o equívoco da atual orientação punitivista do Ministério da Justiça.
Membros do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça e Cidadania encaminharam pedido de demissão coletiva ao ministro Alexandre de Moraes. É a primeira vez que ocorre algo desta magnitude no órgão, criado em 1980.
Por Cecília Olliveira*, no The Intercept Brasil
Para o cientista político João Roberto Martins Filho, da Associação Brasileira de Estudos de Defesa, atuação militar nos presídios extrapola sua função primordial para “dar uma resposta à sociedade porque o presidente Temer está na berlinda”.
Por Anna Beatriz Anjos*, na Agência Pública
“O cara entra na cadeia como ladrão de galinha e sai como ladrão de banco quem perde é a sociedade. Quando se investe e se assegura mecanismo de ressocialização para que o trabalhador do serviço penitenciário possa atuar todo mundo sai ganhando”, afirmou Leandro Allan Vieira, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Brasília.
Por Railídia Carvalho
"ONG’s e veículos de imprensa pedem a ‘retomada do controle’ das prisões pelo Estado, num apelo cifrado por mais violência", diz entidade, em nota divulgada hoje.
A atuação das Forças Armadas nos presídios não vai resolver os problemas do sistema prisional do país, afirmou o presidente da Federação Brasileira dos Servidores Penitenciários (Febrasp), Leandro Allan Vieira. Para o agente, essa é uma atitude “irresponsável” do governo ilegítimo de Michel Temer, que pode gerar uma resposta violenta do crime organizado. “Quem vai pagar é a sociedade”, alerta.
Perdido, acuado e sem projeto para responder à gravíssima crise penitenciária do país, o governo Temer anuncia um mirabolante plano para utilizar as Forças Armadas em revistas de unidades prisionais.
Por Deputado Padre João*
O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, deputado Padre João (PT-MG), disse que um relatório da visita feita pelo colegiado a Manaus e Boa Vista será entregue ao Conselho Nacional de Justiça, à Ordem dos Advogados do Brasil e outras entidades.