Vice-líder do PCdoB na Câmara acusou Jair Bolsonaro de ser cúmplice das queimadas no Pantanal e na Amazônia
O presidente da entidade, Felipe Santa Cruz, diz que estão sendo feitos esforços junto com toda sociedade para cobrar das autoridades medidas efetivas
Além do discurso que incentiva crimes ambientais, gestão de Bolsonaro e Salles reduziu verba contra incêndios na Amazônia em 58%. Investigações da Polícia Federal apontam que incêndios no Pantanal podem ter sido iniciados por fazendeiros de Mato Grosso
O Observatório do Clima diz que o vice-presidente Hamilton Mourão montou um teatro militar para iludir investidores, mas não conseguiu enganar os satélites
Focos de queimadas no Amazonas e no Pará apresentam taxas superiores às de 2019, segundo o Inpe. Especialistas alertam sobre aumento de crimes ambientais
Lideranças informaram que as queimadas afetaram praticamente todas as terras da região e a atuação dos órgãos públicos foi insuficiente para conter os incêndios e a devastação.
Um relatório da ONG Human Rights Watch (HRW) divulgado nesta terça-feira (17/09) denuncia a ação de redes criminosas que impulsionam o desmatamento e as queimadas na Amazônia, com a participação de invasores de terra e fazendeiros. As ações – que contam com a proteção de milícias armadas – dispararam desde o início do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro (PSL) e sua política ambiental predatória.
Como parte da programação do 9º Encontro e Feira dos Povos do Cerrado, realizado em Brasília, pesquisadores e ativistas participaram de um debate sobre a atual situação do bioma, principalmente da perspectiva da preservação socioambiental – ou da falta dela.
Deputados da Oposição protocolaram, nesta quarta-feira (11), na Procuradoria-Geral da República (PGR), uma representação contra o presidente Jair Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. O documento pede investigação das autoridades por omissão ao não adotar medidas efetivas de combate às queimadas e desmatamento na região da Amazônia Legal, Pará e Mato Grosso.
Por Christiane Peres, do PCdoB na Câmara
As drásticas consequências dos mais de 40 mil focos de queimadas provocadas entre janeiro e agosto na maior floresta tropical do mundo dão maior relevo para o Dia da Amazônia, comemorado nesta quinta-feira, 5 de setembro. Tanto que a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) propõe que a data passe a ser Dia de Luta pela Amazônia.
Por Marcos Aurélio Ruy
O volume de áreas queimadas na Amazônia em agosto deste ano foi 300% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Documentos obtidos pelo jornal O Globo mostram que, mesmo provocado por sua área técnica, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) demorou dois meses para autorizar a contratação de brigadistas para atuar no combate aos incêndios florestais. Servidores ouvidos pela reportagem dizem que essa demora pode ter prejudicado o trabalho para evitar os efeitos das queimadas. Em 2019, a autorização só saiu em junho. Em 2018, por exemplo, ela foi dada em março.