Ao andar pelas ruas da vila do Assentamento 17 de Abril ainda se escuta, mesmo após 15 anos, muitas histórias sobre a marcha que culminou no massacre da "Curva do S", na rodovia PA-150, em Eldorado do Carajás, no Pará.
Por João Marcio
Da Página do MST
17 de abril de 1996. 19 sem-terra brasileiros que ocupavam um latifúndio são chacinados pela polícia na cidade de Eldorado do Carajás, no estado do Pará. No mesmo dia, estava acontecendo a Segunda Conferência Internacional da Via Campesina, no México. Os companheiros decidiram prontamente que a data passaria a ser o Dia Internacional de Luta Campesina.
A Câmara dos Deputados realiza na próxima quinta-feira (14) seminário sobre os 15 anos da tragédia de Eldorado dos Carajás (PA). O deputado Marcon (PT-RS), autor da iniciativa, afirma que o objetivo do seminário é reavivar o acontecimento e cobrar a punição dos culpados. Os assassinos e mandantes do massacre de Eldorado do Carajás até hoje não foram punidos.
O dirigente do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) Gilmar Mauro conversou com a equipe da TV Vermelho em março, durante a produção da Série Reformas Democráticas. Na ocasião, ele comentou sobre a preparação do Abril Vermelho, que neste ano conta com diversas ações descentralizadas.
O governador da Bahia, Jaques Wagner, e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, assinaram nesta sexta-feira (8/4), em Salvador, a ampliação das cotas do Programa Garantia-Safra. A medida amplia o número de segurados em 56 mil trabalhadores, garantindo renda para mais de 121 mil agricultores familiares em caso de perda da safra 2010/2011. O investimento do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) será de R$ 77 milhões, com contrapartida de R$ 6,3 milhões do Governo da Bahia.
No quinto vídeo da série Reformas Democráticas, você vai conhecer a história de Valdemar, um pequeno agricultor que luta pela reforma agrária enquanto sobrevive diante do agronegócio. Descubra ainda que, mais do que distribuir terras, é preciso garantir crédito para os trabalhadores do campo, além de uma ocupação preocupada com o desenvolvimento sustentável e o meio ambiente. A série produzida pela equipe do Vermelho conta com seis vídeos sobre mudanças estruturais para o Brasil.
Numa contra-ofensiva ao que costuma chamar de "abril vermelho", mês de número maior de ações do MST, a imprensa desfecha – particularmente o Estadão nos últimos 2 dias – uma série de ataques ao movimento.
Por José Dirceu
João Pedro Stédile, afirma que a reforma agrária andou a passos lentos com Lula e aposta que Dilma Rousseff faça mais pelo campo. Stédile é duro com o agronegócio, crítico da imprensa, irônico e firme com os Estados Unidos, mas cuidadoso quando fala do que foi o governo Lula e do que poderá vir a ser a gestão Dilma Rousseff. Reafirma, enfaticamente, que o MST não recebe dinheiro do governo e nem se considera partícipe dele. Admite decepções, mas se diz esperançoso com as perspectivas de futuro.
O deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) concedeu à TV Vermelho Bahia entrevista sobre a reforma do Código Florestal brasileiro, projeto que tramita na Câmara Federal e do qual é relator. Para o parlamentar, as mudanças se fazem necessárias para garantir os direitos dos produtores rurais, quase todos hoje na ilegalidade, devido às modificações feitas ao longo dos anos na legislação em vigor.
A produção de arroz agroecológico em 16 assentamentos de 11 municípios da região Metropolitana, em uma área total de 3,8 mil hectares, deve aproximar-se das 400 mil sacas, com uma produtividade superior a 90 sacas por hectare.
A forma como a estrutura burocrática de reforma agrária foi concebida, desde a criação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) pela ditadura militar (1964-1985), é a antítese do que se entende por política pública. A excessiva autonomia das superintendências regionais, e o avanço de grupos políticos sobre elas depois da redemocratização, tiraram do governo federal qualquer capacidade de formular e executar políticas nessa área.
por Maria Inês Nassif, no Valor Econômico
É o fim de um período de quase quatro anos de assédio e humilhações enfrentados pela comunidade mapuche Huenctru Trawel Leufú devido à ação da empresa petrolífera Piedra del Águila, que ingressou nas terras indígenas sem consulta. A comunidade, em solo argentino, teve de suportar a repressão e o ingresso da empresa em território comunitário, resguardada pela polícia e ordens de juízes.
Por Camila Queiroz