11 de julho de 2017 entra para a história como o dia em que o Senado Federal rasgou a legislação trabalhista. Abrindo mão de sua função de legislar, 50 senadores votaram a favor da reforma de Michel Temer, 26 contrários e uma abstenção.
Após o protesto de seis senadoras de oposição que ocuparam a Mesa Diretora do Senado para impedir a votação do projeto de reforma trabalhista, o presidente da Casa Eunício Olievira (PMDB) retomou a votação. A oposição participa da sessão, mas denuncia os danos que a aprovação do projeto poderá causar aos trabalhadores e ao país.
Enquanto o Senado continua com luzes apagadas no plenário, mesa diretora ocupada por senadoras da oposição e integrantes da base aliada reunidos para decidir sobre a continuidade dos trabalhos, manifestantes de vários estados brasileiros se reúnem em pontos estratégicos da capital do país. Eles protestam, de forma pacífica, mas organizada, contra a proposta de reforma trabalhista.
“A sensação é de estado de exceção. Não estamos em um país democrático onde se conversa, se pondera. Aqui não acontece isso. Aqui se tira arma para os representantes dos trabalhadores como aconteceu com o Adilson”, declarou ao Portal Vermelho João Paulo Ribeiro, o JP, secretário de trabalhadores do serviço público da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Ele acompanha no Senado a votação da reforma trabalhista.
Por Railídia Carvalho
O senador José Medeiros (PSD-MT) acaba de protocolar no Conselho de Ética ação por quebra de decoro contra as senadoras que ocupam o Plenário e impedem a votação da reforma trabalhista (PLC 38/2017) O documento tem 15 assinaturas.
Em protesto contra a reforma trabalhista, as senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB), Fátima Bezerra (PT-RN) e Gleisi Hoffman (PT-PR) ocuparam a mesa como forma de resistir ao retrocesso proposto pelo governo de Michel Temer.
A sombra das reformas trabalhistas está pairando sobre o Senado. Cada passo em sua direção é um reencontro do Brasil com sua ditadura profunda, com a permanência da escravidão e com o gozo relinchante da desigualdade escondido no semblante sério dos economistas da modernização.
Por André Bojikian Calixtre*
No Parlamento Europeu, em Bruxelas, o coordenador da Frente Povo Sem Medo, Guilherme Boulos, denunciou a reforma trabalhista aos eurodeputados.
A reforma trabalhista, prevista para ser votada nesta terça-feira 11 no Senado Federal, banaliza o trabalho escravo e dificulta o seu combate, de acordo com especialistas que atuam na erradicação do crime no país.
Por Ana Magalhães para Repórter Brasil
Em protesto contra a reforma trabalhista, as senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB), Fátima Bezerra (PT-RN) e Gleisi Hoffman (PT-PR) ocuparam a mesa como forma de resistir ao retrocesso proposto pelo governo de Michel Temer.
Milhares de metalúrgicos de diversas fábricas e montadoras do ABC paulista ocuparam, desde o início da manhã desta terça (11) a Rodovia Anchieta, em São Bernardo do Campo, contra a proposta de reforma trabalhista do governo de Michel Temer, que deve ser concluída, em votação no plenário do Senado marcada para esta terça-feira (11). A mobilização dos trabalhadores da Mercedes-Benz, Ford, Volkswagen e Scania se encerrou no final da manhã.
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) classificou a reforma trabalhista como uma “selvageria’” que leva o país aos padrões do século 19, “quando o trabalho era considerado mera mercadoria como um quilo de sal ou de banana”.