O Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou uma reunião de emergência neste domingo (13), para discutir a escalada da crise na Ucrânia, horas antes do ultimato do governo interino ucraniano aos rebeldes nas cidades separatistas do leste. A reunião foi convocada pela Rússia, classificando de “criminoso” o plano do governo ucraniano de mobilizar o Exército contra os separatistas, que continuam negando a legitimidade do golpe conduzido pelos que tomaram o poder, com apoio ocidental.
Com repressão e a recusa a dialogar sobre um futuro comum em uma nação magnânima e diversa, o governo em Kiev arrasta a Ucrânia a uma guerra interminável e destrutiva para os alicerces do Estado e sua integridade territorial.
A República da Crimeia e Sebastopol, com status de cidade federal, foram incluídas na Constituição da Rússia como novos territórios da Federação, segundo a nova redação do artigo 65, terceira parte da Lei Fundamental, destacaram nesta sexta-feira (11) os meios de comunicação locais.
O promotor geral da Rússia, Iúri Tchaika, assegurou nesta sexta-feira em Simferópol, Crimeia, que Víktor Ianukovitch é o legítimo chefe de Estado de Ucrânia e descartou uma extradição solicitada pelos governantes impostos em Kiev depois de sua derrubada.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia acusou o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Rasmussen, de usar a crise na Ucrânia para mobilizar a aliança militar contra uma “ameaça russa imaginária” e para justificar a existência do bloco em pleno século 21. Já nesta quarta-feira (9), o comandante da Força Aérea estadunidense a cargo da presença militar da Otan na Europa, general Philip Breedlove, disse que os EUA podem enviar tropas à região em breve.
A crise profunda e generalizada na Ucrânia é tema de grave preocupação para a Rússia. Entendemos perfeitamente bem a posição de um país que se tornou independente há apenas 20 anos e que ainda tem pela frente tarefas complexas na construção de um estado soberano.
Por Serguei Lavrov, no The Guardian
Em uma reunião com oficiais do governo da Rússia, nesta terça-feira (8), o presidente Vladimir Putin disse que o país não pode continuar a sustentar a economia declinante da Ucrânia. Para Putin, esta responsabilidade deve ser dos Estados Unidos e da União Europeia (UE), que reconheceram prontamente as novas autoridades no governo ucraniano, mas ainda não enviaram fundos para apoiar a sua economia.
A Rússia está disposta a negociar com os Estados Unidos, a União Europeia e a Ucrânia, e as conversações podem começar em 10 dias, disse o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, de acordo com a emissora Russia Today, em matéria desta terça-feira (8).
A comissão eleitoral da cidade de Novossibirsk, na Sibéria, ratificou nesta segunda-feira a vitória do candidato do partido Comunista da Federação Russa (PCFR), Anatoli Lokot, nas eleições para a prefeitura, com 43,7% de votos.
O parlamento russo está considerando possibilidades de criminalizar as tentativas de reabilitar o nazismo. O projeto de lei prevê multas pesadas até cinco anos de prisão por negação os crimes estabelecidos pelo veredicto do Tribunal de Nurembergue.
O diálogo entre a Otan e a Rússia foi interrompido. Na semana passada a Aliança Atlântica anunciou o cancelamento da cooperação com a Rússia. Por seu lado, Moscou mandou regressar o seu representante militar permanente na sede da Otan em Bruxelas. Segundo foi comunicado por Moscou, o relacionamento posterior irá acompanhar os passos concretos da Aliança.
O ministro russo das Relações Exteriores Serguei Lavrov advertiu a Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan) que nenhum dos lados será beneficiado com a suspensão da cooperação bilateral. Na escalada da retórica remanescente da Guerra Fria, a Otan anunciou o congelamento dos trabalhos com a Rússia devido à crise na Ucrânia.