Sindicalistas se reúnem com secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, mas definição sobre salário mínimo e IR é adiado.
O Governo Dilma vai manter relação com as centrais sindicais no mesmo patamar do Governo Lula. Também vai manter a política de valorização do salário mínimo até 2015. Mas não aceita a proposta das centrais sindicais de tratar “com excepcionalidade” o reajuste do salário mínimo em 2011 e estabelecer em R$580,00 o valor para janeiro deste ano. Nova reunião foi marcada para a próxima quarta-feira (2).
A unidade das Centrais Sindicais marcou o ato em defesa da valorização do salário mínimo nacional e pelo reajuste da tabela do Imposto de Renda. O ato público aconteceu nesta segunda-feira (24), em frente ao prédio da Receita Federal, o "Chocolatão", em Porto Alegre. Participaram CTB, Força Sindical, CGTB, UGT, NCST e CUT.
O governo da presidente Dilma Rousseff convive em seus primeiros dias com duas “verdades” que soam como absolutas, embora uma delas esteja muito distante dessa definição.
Por Wagner Gomes*, no Portal CTB
Sob pressão de parlamentares da base aliada e das centrais sindicais, a presidente Dilma Rousseff acionou o Ministério da Fazenda e pediu simulações para reajuste do salário mínimo e correção da tabela de Imposto de Renda. A informação foi dada nesta segunda-feira (24) pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
O aumento do salário mínimo e a correção da tabela do Imposto de Renda estão na pauta de discussões desta semana. Representantes de seis centrais sindicais se reúnem quarta-feira (26) com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, em busca de um acordo para que o mínimo fique acima dos R$ 545 propostos pelo governo.
Não é mais suficiente ficarmos numa grita única condenando aumentos sucessivos da taxa de juros. Infelizmente, as coisas passam a ter caráter anticientífico, de bem (“combate à inflação”) contra o mal (aumento de salário mínimo, “estouro da previdência”, “farra de gastos” etc).
Por Renato Rabelo, em seu blog
O governo Dilma Rousseff decidiu reabrir o diálogo com as centrais sindicais para discutir o aumento do salário mínimo e outros temas. O primeiro encontro será na quarta-feira, dia 26, no Palácio do Planalto, e o interlocutor do governo escalado foi o secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho.
O Sinttel-MG e as centrais sindicais realizaram, na tarde desta terça-feira (18), uma manifestação pela manutenção da política de valorização do salário mínimo. O local escolhido para o ato, intitulado “R$ 580 Já”, foi a Avenida do Contorno, centro da capital, em frente uma das maiores empresas de call center do Estado. A prestadora de serviços conta com 12 mil trabalhadores, sendo que 80% deste efetivo recebe o piso salarial equiparado ao mínimo nacional.
As cores da democracia assumiram tonalidade de pressão social nesta terça-feira (18). As seis centrais sindicais realizaram um ato unificado em frente ao prédio da Justiça Federal em São Paulo. A diversidade de cores de camisas e bandeiras apenas reforçava a unidade das três reivindicações: salário mínimo de R$ 580; aumento real de salário para os aposentados e correção da tabela do Imposto de Renda.
O deputado federal Chico Lopes (PCdoB) apóia a mobilização de centrais sindicais, que lutam pelo salário mínimo de 580 reais, como forma de valorização do trabalhador e maior ativação do mercado interno.
A estratégia é negociar com Planalto e Congresso para aprovar mínimo maior que os R$ 545 já anunciados. O ato conjunto é uma estratégia unificada das entidades para brigar pela manutenção da política de valorização do salário.