Não é mais suficiente ficarmos numa grita única condenando aumentos sucessivos da taxa de juros. Infelizmente, as coisas passam a ter caráter anticientífico, de bem (“combate à inflação”) contra o mal (aumento de salário mínimo, “estouro da previdência”, “farra de gastos” etc).
Por Renato Rabelo, em seu blog
O governo Dilma Rousseff decidiu reabrir o diálogo com as centrais sindicais para discutir o aumento do salário mínimo e outros temas. O primeiro encontro será na quarta-feira, dia 26, no Palácio do Planalto, e o interlocutor do governo escalado foi o secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho.
O Sinttel-MG e as centrais sindicais realizaram, na tarde desta terça-feira (18), uma manifestação pela manutenção da política de valorização do salário mínimo. O local escolhido para o ato, intitulado “R$ 580 Já”, foi a Avenida do Contorno, centro da capital, em frente uma das maiores empresas de call center do Estado. A prestadora de serviços conta com 12 mil trabalhadores, sendo que 80% deste efetivo recebe o piso salarial equiparado ao mínimo nacional.
As cores da democracia assumiram tonalidade de pressão social nesta terça-feira (18). As seis centrais sindicais realizaram um ato unificado em frente ao prédio da Justiça Federal em São Paulo. A diversidade de cores de camisas e bandeiras apenas reforçava a unidade das três reivindicações: salário mínimo de R$ 580; aumento real de salário para os aposentados e correção da tabela do Imposto de Renda.
O deputado federal Chico Lopes (PCdoB) apóia a mobilização de centrais sindicais, que lutam pelo salário mínimo de 580 reais, como forma de valorização do trabalhador e maior ativação do mercado interno.
A estratégia é negociar com Planalto e Congresso para aprovar mínimo maior que os R$ 545 já anunciados. O ato conjunto é uma estratégia unificada das entidades para brigar pela manutenção da política de valorização do salário.
As Centrais Sindicais CTB, CUT, CGTB, Força Sindical, Nova Central e UGT estão convocando os trabalhadores para uma Mobilização Nacional nesta terça-feira (18) pelo aumento do salário mínimo para R$580,00 e a manutenção da política de valorização iniciada no governo Lula.
A luta das centrais sindicais por um salário mínimo de R$ 580 interessa a todos os trabalhadores brasileiros porque tem o objetivo de incrementar a economia, aumentando o consumo interno, a produção, as vendas do comércio e o emprego.
Por Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força
A valorização do salário mínimo foi o principal instrumento que desencadeou o processo de ascensão social no Brasil. Um estudo do Ipea mostra que as maiores evoluções salariais atingiram os trabalhadores com menos qualificação profissional e que tradicionalmente tiveram ganhos menores.
Por Antonio Neto*, na Folha de S.Paulo
O novo valor do salário mínimo será de R$ 545. Foi o que declarou, nesta sexta-feira (14), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, depois de participar da primeira reunião ministerial do governo da presidenta Dilma Rousseff.
Dois ministros já adiantaram os temas da primeira reunião ministerial – a primeira da gestão da presidente Dilma Rousseff – marcada para às 14 horas desta sexta-feira (14). O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou, em entrevista esta manhã, que o corte nos gastos propostos seja o número divulgado na mídia e que o anúncio seja feito hoje. Já o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse um novo valor do salário mínimo deve ser discutido na reunião.
A equipe técnica do governo Dilma retomou a proposta de antecipar parte do reajuste previsto para o salário mínimo em janeiro de 2012, para elevar o valor definido pelo governo para R$ 560 ainda neste ano. Se for aceito pela área política, o estudo — que será levado semana que vem à presidente Dilma Rousseff — já vai fixar também o piso de 2012 em R$ 616.