Depois de atuar na trégua firmada entre o PT e o PMDB, o chefe da Casa Civil, ministro Antonio Palocci, procurou lideranças do PP para pedir apoio ao salário mínimo de R$ 540 apresentado pelo governo. A conversa aconteceu na terça-feira e ontem o partido divulgou nota afirmando que "a bancada do PP votará, unida, o valor estipulado pelo governo".
O debate sobre o valor do salário mínimo esquenta a cada dia. Nesta terça-feira (12), o deputado federal e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, disse que, caso o governo continue sem negociar, as centrais sindicais recorrerão a Justiça. No próximo 18 de janeiro as centrais pretendem realizar uma manifestação em defesa do mínimo de R$ 580. Já os ministros Antônio Palocci e Luiz Sérgio estão se articulando em defesa dos R$ 540.
O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulinho Pereira (PDT-SP), afirmou nesta quarta-feira (12) que as centrais sindicais vão acionar o governo na Justiça na próxima terça-feira (18) caso, até lá, não seja aberta negociação para corrigir a tabela de imposto de renda (IR) pelo índice de inflação de 6,43%.
As centrais sindicais (CUT, Força Sindical, Nova Central, CGTB, CTB e UGT) fecharam hoje (11) uma estratégia de mobilização por um aumento maior do salário mínimo. Os representantes dos trabalhadores definiram em conjunto que o piso nacional deve ser de R$ 580 – o que representa um reajuste de 13,7% – e pretendem reunir-se com a presidenta Dilma Rousseff para cobrar dela o reajuste.
As centrais sindicais voltam a se reunir nesta terça-feira (11) para discutir o aumento do salário minimo para R$ 580 – valor definido pelas centrais para negociação com o governo. A reunião ocorre na sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT), em São Paulo. A defesa de um salário mínimo superior aos R$ 540 para assegurar a inflação de 2010 ganha cada vez mais aliados e esquenta as negociações no Congresso Nacional.
O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou nesta segunda-feira (10) que o Congresso Nacional é que vai definir o valor do salário mínimo. Segundo ele, os parlamentares vão discutir a proposta de R$ 540 para o piso nacional e, se alterarem, o governo acatará a decisão. “O Congresso é soberano”, disse Lupi em entrevista coletiva durante evento na capital paulista. “O que o Congresso definir nós todos teremos que aceitar, porque é o Congresso que decide.”
"Acreditamos na possibilidade de conquistar um melhor reajuste do salário mínimo, com valor acima de R$ 540,00, e estamos lutando para isso". A afirmação é do deputado federal Chico Lopes (PCdoB), que avalia como positivas as chances de o novo mínimo ir além do valor inicialmente definido pela equipe econômica do Governo Federal.
"Acreditamos na possibilidade de conquistar um melhor reajuste do salário mínimo, com valor acima de R$ 540,00, e estamos lutando para isso". A afirmação é do deputado federal Chico Lopes (PCdoB), que avalia como positivas as chances de o novo mínimo ir além do valor inicialmente definido pela equipe econômica do Governo Federal.
Para o deputado Chico Lopes (PCdoB-CE), a contaminação da eleição para Mesa Diretora da Câmara no reajuste do salário mínimo já aconteceu e vai ajudar a convencer o governo de que o valor deve ser maior do que os R$540,00 proposto. Ele defende um valor de conciliação, nem os R$580,00 defendido pelas centrais sindicais , nem os R$540,00 sugerido pelo governo.
O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (RN), divulgou nota nesta quarta-feira com esclarecimentos sobre o debate em torno do valor do salário mínimo e da disputa da presidência da Câmara. Na nota, Henrique Alves nega que a discussão sobre o valor do mínimo esteja sendo usada pelo seu partido na disputa por cargos no governo Dilma Rousseff.
O candidato do PT à Presidência da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), admite alteração no valor do salário mínimo fixado pelo governo em R$ 540 durante a votação da medida provisória pelos parlamentares. A proposta deverá ser votada em março, quando a MP passará a trancar a pauta dos trabalhos do plenário, com a expectativa de se tornar um dos primeiros embates entre o novo governo e o Congresso.
Manter o aumento do salário mínimo para R$ 540 em 2011 deverá ser o primeiro embate do governo da presidente Dilma Rousseff, no Congresso. O valor foi fixado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em medida provisória editada no dia 30 de dezembro. O líder do PDT e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (SP), promete “encher os corredores da Câmara” para pressionar os deputados a reverem este valor. As contrais sindicais defendem um mínimo de R$ 580.