Setores produtivos temem que aumento restrinja atividade econômica
Para o professor de Economia da UnB, elevação da taxa básica de juros da economia, além de ineficaz para conter os preços, recai sobre os trabalhadores, causando o aumento do desemprego.
“Quem se beneficia é o setor financeiro, os rentistas em geral. Quem se prejudica é o setor empresarial produtivo, assim como quem tem dívida atrelada à Selic”, diz o professor José Luis Oreiro, em entrevista à RBA.
Juros estão no maior nível desde abril de 2017, mas inflação continua aumentando, independente da demanda interna.
É a oitava vez consecutiva em que as projeções do IPCA são elevadas, segundo as estimativas que constam do Boletim Focus, do Banco Central.
País ocupa o topo do ranking elaborado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management, segundo informa o jornal Hora do Povo.
Oitavo aumento consecutivo deve manter 2022 com alto patamar de restrição ao crédito e desestímulo à atividade econômica.
Chefe do Departamento econômico da CNC e ex-diretor do BC, o economista acredita que, ao decidir sobre o patamar dos juros no país, o Copom deveria levar em conta, além da inflação, a atividade econômica e a trajetória da dívida brasileira.
A decisão do Banco Central, por um sétimo aumento expressivo da Selic, aumenta o custo do financiamento, desestimula a economia e inibe o crescimento econômico, diz a confederação.
Após crise na equipe econômica por discordâncias com quebra no teto de gastos, Guedes pressionou o Banco Central “autônomo” a aumentar juros para agradar o mercado.
Segundo cálculos do doutor em economia Paulo Kliass, uma elevação na Selic como a da última reunião do Copom, de 5,25% a.a. para 6,25% a.a., um ponto percentual, significa uma despesa de R$ 54 bilhões a mais em um ano para o governo.
Rafael Paschoarelli explica a crise no cenário macroeconômico do Brasil, que atinge principalmente as camadas mais pobres ao reduzir seu poder de compra