A secretaria de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) vê com preocupação a possibilidade de intervenção militar dos EUA e a Otan na Síria, e divulga nota em defesa da soberania do país árabe.
Nesta quarta-feira (28), os cinco membros permanente do Conselho de Segurança da ONU com poder de veto (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia) debateram com portas fechadas um projeto de resolução britânico sobre a Síria.
Nenhuma força do mundo poderá derrotar a Síria, afirmou nesta quarta-feira (28) o primeiro ministro sírio, Wael Al-Halaki, ao recusar a agressão militar que os Estados Unidos e seus aliados ocidentais e do Oriente Médio pretendem lançar contra o país.
Qualquer intervenção militar na Síria sem a aprovação do Conselho de Segurança das Nações Unidas seria uma violação à legislação internacional, alertou nesta quarta-feira (28) em Genebra o enviado especial da ONU para este conflito, Lakhdar Brahimi.
Diante do anúncio de um iminente ataque contra o regime sírio, os movimentos sociais da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) anunciaram, nesta terça-feira (27), o repúdio às ações “imperialistas” do governo dos Estados Unidos contra o povo deste país do Oriente Médio.
O presidente François Hollande, da França, tem buscado aproximar-se dos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), e planeja uma visita ao Brasil até dezembro. Apesar de o presidente afirmar haver afinidades entre brasileiros e franceses, a recente elevação no tom intervencionista com relação à Síria é um ponto crucial de diferença entre a França e o Brasil. Nesta terça-feira (27), Hollande disse que seu país está pronto para intervir militarmente no país árabe.
Ante a participação dos Estados Unidos em um possível ataque militar contra a Síria, parlamentares norte-americanos pressionam o presidente Barack Obama pela discussão do assunto no Congresso. Um grupo bipartidário (entre republicanos e democratas) enviou uma carta ao presidente, nesta terça-feira (27), instando-o a buscar permissão legal para uma intervenção militar, já que tomar a medida sem o aval do Congresso seria uma violação da Constituição.
O Ministério de Relações Exteriores de Cuba (Minrex) enfatizou, nesta quarta (28), a oposição a “qualquer tentativa de minar a independência, a soberania e a integridade territorial da Síria”. Em declaração publicada no Granma, o organismo afirma ser “alarmante os pronunciamentos do governo dos EUA e de aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pedindo uma ação militar na Síria, ignorando os esforços para chegar a uma solução política para o conflito que sangra a nação árabe".
O mundo assiste, aparentemente indefeso, ao desenrolar de trama hipócrita, ajustada entre forças diabólicas, para levar a morte a milhares ou milhões de pessoas, a destruição a um ou diversos países, a guerra a regiões inteiras. Nada é eminentemente novo no pérfido cenário calculadamente montado pelos Estados Unidos para fazer guerra à Síria.
Por Haroldo Lima*
Washington e seus governos-fantoches, da Grã-Bretanha e da França, aprontam-se para mais atos criminosos. A imagem do ocidente como criminoso-de-guerra não é imagem de propaganda criada por inimigos do ocidente: é o retrato que o próprio ocidente fez dele mesmo.
Por Paul Craig Roberts*, no IE – Institute for Political Economy
Até o momento, a decisão de desfechar golpes às tropas governamentais sírias não foi tomada, declarou nesta terça-feira (27) em briefing o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
O recrudescimento da violência da Otan, EUA à frente, e de seus aliados nas relações internacionais revela que as elites destas nações começam a se aproximar da loucura total, e ameaçam o futuro da humanidade como nunca antes. Este fato coloca um desafio histórico ao povo brasileiro.
Por Bruno Barbosa (Lobão)*