A cientista política e especialista em relações internacionais, Ana Prestes analisa os principais fatos do dia. Ela destaca a visita de Bolsonaro aos EUA, o encontro entre o deputado Rodrigo Maia e o presidente da Câmara dos Deputados da Argentina, Sergio Massa, a perseguição a Julian Assange e a guerra civil no Sudão do Sul.
Seis anos após a independência, o Sudão do Sul é devastado pela guerra civil. Mediadores dirigem-se, desordenadamente, para o pequeno país petroleiro da África central. Mas não é possível vislumbrar nenhuma paz sustentável sem afastar as simplificações midiáticas: o conflito não é “étnico”, é político. E suas raízes remontam à colonização britânica
Por: Gérard Prunie*
Desde o início da guerra civil no Sudão do Sul mais de 1,5 milhão de pessoas abandonaram seus lares, confirmou a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
Mais de 300 mil civis estão sem assistência básica no estado de Unité, no Norte do Sudão do Sul, disse, nesta segunda-feira (11) a Organização das Nações Unidas (ONU), ao anunciar a sua retirada da zona devido aos combates em curso.
Mais de 2,5 milhões de pessoas precisam de assistência urgente no Sudão do Sul, onde a insegurança alimentar tem crescido como resultado do conflito interno, advertiu, nesta segunda-feira (9), a secretária-geral adjunta das Nações Unidas, Valerie Amos.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e seus parceiros necessitam de US$ 658 milhões para enfrentar a crise humanitária causada pelo conflito do Sul do Sudão, divulgou nesta segunda-feira (14) a agência.
As negociações de paz sobre o Sudão do Sul serão retomadas na próxima quinta-feira em Adis Abeba, com um simpósio que reunirá 150 representantes políticos, da sociedade civil e líderes tradicionais, segundo foi informado nesta terça-feira (3).
O Conselho de Segurança das Nações Unidas revisou sua missão de manutenção da paz no Sudão do Sul (UNMISS), nesta terça-feira (27), para focar na proteção aos civis, suspendendo os programas de “construção do Estado”, ou seja, da implementação de instituições políticas de cunho liberal. O mandato da missão também foi estendido até 30 de novembro de 2014, no contexto das graves tensões que têm abalado o país nos últimos seis meses.
Quase 17 mil pessoas ficaram deslocadas ou foram afetadas pelos combates dos últimos dias no Sudão do Sul, informou nesta quinta-feira (1) o Escritório de Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha).
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moom elogiou, nesta quarta-feira (12), a segunda rodada de negociações, iniciada na terça-feira (11), em Adis Abeba, capital da Etiópia, entre as forças governamentais e da oposição do Sudão do Sul. Ban instou as partes a cumprirem o cessar-fogo acordado no mês passado.
O governo e os rebeldes no Sudão do Sul assinaram um cessar-fogo nesta quinta-feira (23), em Adis Abeba, Etiópia. As negociações estão sendo mediadas pela Autoridade Intergovernamental de Desenvolvimento (Igad) africana, entre o governo do presidente Salva Kiir e o grupo armado de apoio ao ex-vice-presidente Riek Machar, para suspender os confrontos violentos que mergulharam os civis no conflito armado. A Chancelaria da China emitiu uma nota em que saúda o acordo e pede implementação imediata.
No Sudão do Sul, confrontos violentos ainda estão ocorrendo no estado do Nilo Superior, na cidade-chave de Malakal, de acordo com fontes oficiais em declarações desta quarta-feira (15) à imprensa. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) ressaltou novamente a sua preocupação com a situação humanitária na região, inclusive com o saqueio da assistência alimentar enviada ao país.